domingo, 22 de março de 2009

Constituição Federal

I-M-P-A-G-Á-V-E-L!
TV Pirata foi o melhor programa de humor que já teve!
Veja esse quadro que fala da nossa Constituição Federal.

Da essência...

Respeito muito a profissão do policial. Especialmente aqui no Rio de Janeiro, que se ganha muito pouco e arrisca-se muito. Além disso tenho na família um delegado aposentado e vários amigos agentes federais e civis. Mas também não posso deixar de criticar uma atitude, ou falta dela, quando presencio algo do gênero.

Ontem, sábado, chegamos em casa por volta das 2 da manhã e havia uma festa no prédio ao lado com a música às alturas. Como minha esposa consegue dormir, mesmo sob o barulho de alguém tocando bateria no pé da orelha (acho isso sensacional, pois eu acordo com uma simples pisada no chão e não consigo dormir nem com a TV ligada) e eu ainda não estava com sono, esperei mais algum tempo para ver se a música abaixava (minha esposa já havia dormido ha séculos!). Em vão! Pelo contrário, a música aumentou e ainda somado com os gritos de "uhuuuuuuu".

Fui até a rua em direção a uma cabine da polícia que fica na esquina. Eu e o policial fomos até o prédio, mas como só havia porteiro de dia, ele disse:

- Se não tem porteiro, fica impossível de falar com o responsável pela festa.

Foi, então, caminhado de volta à cabine. Eu, como já estava puto da vida, pedi para que ele voltasse e insistíssemos, porque era um absurdo aquilo! Com um andar lânguido, de quem não estava com a menor vontade de fazer alguma coisa, veio à contra gosto. Resolvi, então, tocar a campainha dos apartamentos, aleatoriamente, até que alguém atendesse. Depois de várias tentativas e a falta de vontade impressa na testa do policial em CUMPRIR com seu dever de administrador da ordem pública, um morador atendeu e autorizou a entrada dele, para que fosse até o apartamento.

Bom, a música abaixou e pude dormir. Ou seja, se não fosse pelo minha insistência, era bem provável que a festa ainda estivesse rolando até agora, 15:54!

O que mais me incomodou foi a atitude do policial que parecia não querer ajudar (diga-se de passagem, que é uma obrigação dele, enquanto policial). Parecia, também, que eu estava pedindo um favor e que eu estava "atrapalhando" seu programa favorito na TV!!!

Não são só o baixo salário, as más condições de trabalho, a corrupção e a falta de uma plano de carreira descente que fazem dos nossos policias serem assim. É a mentalidade! A maioria esmagadora dos, até então, candidatos a policiais, já entra para polícia visando o poder e querer usar de atitudes ilegais em nome da polícia, para fins particulares e para lá de escusos! A real motivação de ser um policial passa LONGE!!!!!!!!!!!!!!!!

Se não mudarmos a mentalidade, não mudaremos muito coisa, não.

domingo, 15 de março de 2009

S-E-N-S-A-C-I-O-N-A-L!

Dráuzio Varella é um médico "pra lá" de consciente.

O que ele diz é muito sério, pois nossos valores morais estão envolvidos diretamente com a causa. As mudanças dependem da gente e esse é um caso típico.

PENSE e REFLITA!

sábado, 14 de março de 2009

Problemas intermináveis...

Nosso Rio de Janeiro continua lindo... do alto. Pois daqui debaixo a coisa está, a cada dia que passa, mais feia. O mais incrível é que tem certos problemas que podem ser resolvidos a curto prazo, as autoridades têm consciência deles, mas NADA é feito! São coisas simples, como por exemplo: desentupir os bueiros da cidade. Obviamente que é preciso da ajuda do nosso povo para que jogue lixo no lixo e não nas ruas. MAS... MAS... para isso é preciso educar, informar, conscientizar.... bom, isso é papo para uma outra ocasião.

Voltando ao problema de origem. Ontem, por volta das 20 horas em Botafogo, presenciei cenas que se tornaram corriqueiras (infelizmente) para o carioca quando a chuva aperta. Veja as foto abaixo.




segunda-feira, 2 de março de 2009

Sem novidade

"Baixa aprovação em concursos faz sobrar vagas de juiz no país"

http://g1.globo.com/Noticias/Concursos_Empregos/0,,MUL1021083-9654,00-BAIXA+APROVACAO+EM+CONCURSOS+FAZ+SOBRAR+VAGAS+DE+JUIZ+NO+PAIS.html


Essa matéria saiu ontem, dia 1/3/09, no Globo Online. Para quem já estuda para a magistratura federal, por exemplo, ha algum tempo sabe que ha anos as vagas oferecidas quase nunca são preenchidas devido a grande dificuldade das provas. A matéria fala do despreparo dos candidatos, mas a questão não é tão "preto no branco" assim. Evidente que ha candidatos que não estão preparados, mas a banca examinadora é muito rígida com certas coisas que não fariam a menor diferença na vida funcional do profissional.

O concurso, para magistratura federal, consiste em 4 etapas eliminatórias:
1. o provão (caem todas as matérias)
2. as específicas
3. sentença
4. oral

Na primeira prova oral que fui assistir, um desembargador perguntou ao candidato qual era a natureza jurídica da alma!?!? Ou seja, ha, obviamente, o despreparo dos candidatos, mas a banca, também, escolhe quem vai passar por critérios para lá de subjetivos (para não dizer estranhos), quando o candidato chega a fase oral.

Tenho amigos que foram reprovados mais de 2 vezes na fase oral. Não é possível, que o candidato passe por 3 etapas e seja reprovado na fase oral por mais de 2 vezes. Já foi mostrado que ele sabe! Ha pessoas que são tímidas e ficam nervosas ao falarem em público e por isso, saem prejudicadas (por critérios para lá de estranhos por parte da banca) nessa etapa.

Paro por aqui para não começar a dizer besteiras.

domingo, 1 de março de 2009

MST - vagabundos e criminosos

Publicado em 28/02/2009 | Agência Estado – dora.kramer@grupoestado.com.br

O presidente do Supremo Tribunal Federal, Gilmar Mendes, foi apenas mais explícito e retumbante devido ao peso do posto. No conteúdo, suas declarações logo após o assassinato de quatro seguranças de fazenda em Pernambuco seguiram a linha dos inúmeros alertas feitos a propósito da série de ilegalidades consentidas cometidas pelo Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra e denominações adjacentes.

O governo Luiz Inácio da Silva ignorou solenemente todos os avisos de que dia menos dia se veria na contingência de pagar o preço da leniência, seja pelo imperativo de usar a força do Estado para coibir os crimes ou pela constrangedora constatação de que o Estado é cúmplice de criminosos.

Pois eis que o presidente da corte suprema do país afirma que o governo acoberta os atos ilegais do MST e o Palácio do Planalto não tem como se defender. Presidente da República, ministro do Desenvolvimento Agrário e demais autoridades da área saíram pela tangente: silenciosos, usaram versões de assessoria para classificar de “descabida” a atitude do magistrado por falar “fora dos autos”.

Ora, a que autos se referem? Nessa altura, os únicos condizentes com a situação seriam os autos de um bom processo cobrando a responsabilidade do poder público por reiterada infração às leis em vigor no país.

Não fossem o Ministério Público, o Congresso Nacional e os partidos tão suaves diante da acintosa decisão do Executivo de dar aos sem-terra salvo-conduto para transgredir, o presidente do STF poderia falar “dentro” dos autos.

Não havendo processo, faz a sua parte assim mesmo e se manifesta contra agressões à propriedade privada, ao patrimônio público, à pesquisa científica, aos direitos e garantias individuais, às regras de convivência coletiva e, agora, à vida humana.

Começaram invadindo terras improdutivas, em seguida invadiram as produtivas, prosseguiram ocupando prédios públicos, destruindo laboratórios de pesquisa, promovendo a baderna nas dependências do Poder Legislativo, numa escalada de vandalismo cuja culminância foi o assassinato dos quatro seguranças em Pernambuco.

Em contrapartida já foram recebidos com honras de Estado no Palácio do Planalto, ganharam o controle do Incra, continuam a ser sustentados por verbas oficiais, tiveram o apoio do Ministério da Previdência Social para requerer aposentadoria rural e, façam quaisquer barbaridades, do governo federal ouvem no máximo reprimendas paternais.

Tudo em nome do “respeito” aos movimentos sociais, em flagrante desrespeito aos genuínos movimentos sociais. Todos restritos, como os demais setores da sociedade, aos limites legais.

Desde o começo do governo, o presidente Lula fez uma clara opção: entre a lei e o MST, escolheu o lado dos sem-terra.

A matriz da tolerância revelou-se já no início do ano de 2003 quando o então ministro do Desenvolvimento Agrário, Miguel Rossetto, avisava que não cumpriria a medida provisória do governo anterior, proibindo repasses de verbas e excluindo do programa de reforma agrária entidades e pessoas envolvidas em invasões.

Para Rossetto aquela era a expressão do “autoritarismo de Estado” ao qual o PT não se associaria porque, de acordo com a nova concepção, qualquer legislação punitiva representava a criminalização dos movimentos sociais.

À falta de força política e de argumentos aceitáveis para derrubar a lei – por meio de outra medida provisória, por exemplo –, o governo escolheu simplesmente ignorá-la. E as outras instituições simplesmente aceitaram essa lógica de um grupo que chega ao poder e resolve unilateralmente cumprir ou descumprir a legislação de acordo com suas convicções.

Louvem-se as posições dos presidentes da Câmara e do Senado, que se manifestaram em acordo ao presidente do STF. Apropriada, também, a constatação do governador de Pernambuco, Eduardo Campos, a respeito do destino reservado a homicidas, “a cadeia”.

Agora, cumpre lembrar a incoerência dos três que apoiam um governo insensível ao princípio constitucional da igualdade de todos perante a lei. O presidente do Senado, José Sarney, não faz coro às críticas palacianas ao comportamento do presidente do Supremo. Aponta que Gilmar Mendes defende o Estado de Direito e as liberdades públicas.

Fala do respeito aos direitos alheios, bem como o presidente da Câmara, Michel Temer, enxerga nas ações do MST violação constitucional. Esquecem, propositadamente, de estabelecer a relação de causa e efeito entre o recrudescimento gradativo da ousadia dessas hordas e a indulgência com que são tratadas recebendo, por omissão, licença para invadir, destruir, barbarizar e agora também para matar.

Não caberia ao chefe da nação nem a ninguém além da Justiça a iniciativa ou o ato de punição. A condenação moral, contudo, baliza valores no presidencialismo forte do Brasil. Feito quase imperial na era Lula, na prática, quando o Poder Executivo cala o resto consente.

("GAZETA DO POVO", de 28/02/2009)