segunda-feira, 12 de maio de 2014

Bairro da Urca

Morar no bairro da Urca é o sonho de muita gente... mas não o meu.



É um bairro onde as pessoas se conhecem pelo nome, deixam "fiado" na padaria, no mercadinho, na oficina de carros, nas bancas de jornal e etc. É um bairro que ainda é o mais seguro do Rio de Janeiro, apesar de existirem assaltos a pedestres e a bancos, mas ainda, sim, é o mais seguro do Rio de Janeiro. É um bairro que tem sua construção natural privilegiada. É um bairro charmoso e lindo.



Você, leitor, deve estar pensando que eu enlouqueci por falar duas coisas antagônicas, inversamente desproporcionais e que fui de um extremo ao outro com a facilidade de um louco. Primeiro, diz que morar na Urca não é o seu sonho, mas logo depois começa a tecer elogios ao bairro.

Não. Não enlouqueci, caro leitor. Realmente é um bairro com essas características que citei acima, mas está longe de ser um sonho morar aqui (continuar a morar). São os meus motivos.

A Urca é uma península, onde há apenas uma entrada e uma saída. É um bairro que estacionou no tempo no que diz respeito a sua estrutura e não comporta o fluxo grande de carros que tem hoje me dia. Os moradores se acham donos das ruas. A falta de educação do povo resulta em parar seus carros em frente das garagens, nas calçadas e etc. Sinto-me muito isolado. A energia aqui parece que estagnou e isso me da uma sensação ruim. Enfim, não me adaptei ao bairro e estou LOUCO para ir embora daqui. Acordo contando as horas para nos mudarmos.

Quem me conhece sabe que moro aqui ha 7 anos e elas devem perguntar, "Se você não gosta do bairro, por que está há tanto tempo aqui?". Simples, porque minha esposa adora essa merda.

Para todo mundo que digo que não gosto de morar aqui, dizem que o sonho delas é morar no bairro, mas essas mesmas pessoas que disseram isso, NUNCA moraram e NUNCA procuraram casas/apartamentos na Urca. Ou seja, "é tudo muito bonito", "é um sonho" morar aqui, mas NINGUÉM vem!

Para completar, me FAZ MAL morar aqui. Não tenho prazer em voltar para cá.

sexta-feira, 21 de março de 2014

Sem entender

Não consigo entender as pessoas.

Um amigo me ligou pedindo minha ajuda num processo em que ele está trabalhando. Disse ainda que dividiria os honorários comigo. Aceitei em ajudá-lo, mesmo não sendo minha área de atuação. Como ele estava prestes a viajar, me explicou bem "en passant" o que eu deveria pesquisar e em três dias estaria de volta para conversarmos.

Consegui achar o que ele estava querendo em dois dias.

1 semana...
2 semanas...

e nada dele me ligar. Resolvi eu, então, ligar. Ninguém atendeu. Mandei mensagem de texto por telefone. Não respondeu. Pensei que estivesse cheio de trabalho e decidi esperar mais um tempo por seu contato.

3 semanas...
4 semanas...

e nada dele. Liguei novamente e não atendeu. Mandei mensagem de texto perguntando se o nosso combinado (trabalhar no processo) ainda estava "de pé". Finalmente respondeu "CLARO! Assim que der te ligo".

Ufa! Eu aqui, pensando besteira dele e o cara atrapalhado com o trabalho.

5 semanas...

e nada dele ligar. Pensei em mandar o resultado da pesquisa para o e-mail dele, mas fiquei atrapalhado e esqueci. Comecei a ficar desapontado com ele.

Nessa quinta semana saí com minha filha de 3 meses e meio para passear lá para as 6 da manhã. Assim que sai de casa, encontrei com ele. Como estava desconfiado que ele estava me enrolando resolvi não comentar sobre o assunto e falar sobre outras coisas.

Para minha decepção, além de não ter tocado no assunto, ainda perguntou se eu gostaria de ajuda-lo em um curso que ele estava preparando. Agradeci e disse não tinha tempo.

Porra! Perdi meu tempo pesquisando, criei expectativa para nada acontecer. Pior. Acontecer dessa forma. Realmente eu não entendo as pessoas. É decepcionante. É frustrante.

quinta-feira, 13 de março de 2014

Ida à igreja II

Como escrevi no texto passado ( http://gfaro.blogspot.com.br/2014/02/ida-igreja.html ), ainda faltava minha ida à igreja pela segunda vez. Não falta mais, pois fui hoje. Foi rápído, confesso, mas foi verdadeiro.

Estou buscando 2, 3, 10 respostas para uma única pegunta. Busco dentro de mim, mas essa busca insana é dolorosa e devagar. MUITO devagar. Devagar até demais para o mundo de hoje.

A verdade é que estou passando por uma fase de mudanças radicais... em que nada muda. Entendeu? Pois é. Explico.

Mil coisas estão passando pela minha cabeça, várias coisas acontecendo ao meu redor, desejando fazer muita coisa. Ou seja, o universo está se mexendo, mas ainda não está conspirando ao meu favor, pois eu continuo estagnado, parado, sem avançar com minhas metas, desejos materiais e espirituais.

A impressão que tenho é que tem um "véu" na minha frente tampando meus olhos para todos esses meus "futuros avanços" e eu sem saber como tirar "essa coisa" da minha frente e concretizar minhas vontades, desejos, metas.

Ando meio perdido e esse sentimento já me aconteceu antes uma única vez. Com 22 anos de idade. A consequência de eu ter me sentido assim foi uma novela que fiz como ator ("trocentos" anos atrás). Foi uma época que aproveite muito, ganhei muito, gastei muito, fiz muita coisa... em suma. Foi MUITO bom.

Será que esse mesmo desfecho, sensacional, está por acontecer comigo novamente em sequência? Esperando que sim, pois essa fase que estou passando está foda, com PH!

Eu sei que as vezes pareço louco, mas ser normal também não é muito sensato.

sexta-feira, 21 de fevereiro de 2014

Ida à Igreja

Não sou religioso e tampouco frequento a igreja. Simpatizo-me com o espiritismo e com o catolicismo. Nada mais. Minha vida é pautada por uma filosofia de vida e não por uma religião. Quando as coisas apertam, corro para o meu Deus, que é algo superior em que acredito. Ponto final.

Acontece que “Há mais coisas entre o céu e a terra do que supõe nossa vã filosofia.” (William Shakespeare).

Se entrei numa igreja umas 10 vezes nos meus 41 anos de vida, foi muito. Por uma simples razão. Minha igreja é o meu travesseiro, na hora que vou dormir. Tenho contato com Deus nessa mesma hora. Não preciso sair da minha casa para ter essa relação.

Mas voltando à frase de Shakespeare, há, realmente, coisas que não têm uma explicação lógica. Elas acontecem para quem acredita e para os que não acreditam. Simples assim.

Digo isso, pois senti uma vontade muito forte de ir à igreja e agradecer por certos momentos por duas vezes. Uma vez foi quando me formei na faculdade e a outra agora quando minha filha nasceu. A primeira já fui. A segunda ainda não tive tempo, mas não passa do mês de março.

Não sei colocar em palavras essa força que me "chama" para igreja. É algo forte. 

Fico surpreso com certas coisas, apesar de acreditar muito nos efeitos dessa frase de Shakespeare. As vezes sou muito cético, racional até demais. Outras vezes, deixo a ceticismo de lado e deixo minha alma me orientar. Fecho os olhos e deixo ela me guiar. E é esse momento que estou passando agora. Minha alma está seguindo por caminhos pelos quais não faço a menor ideia onde vou chegar ou como vou chegar. Apenas estou indo.

Pareço louco, eu sei. Mas quem não é?

segunda-feira, 10 de fevereiro de 2014

A saga para contratar uma empregadas

Com o nascimento de nossa filha, resolvemos contratar uma pessoa para cozinhar e arrumar a casa. Quando éramos apenas nós dois, só tínhamos uma diarista, que nos bastava.

Pedimos a amigos que indicassem pretendentes e numa semana entrevistamos 4. Ficou combinado que as 4 fariam um teste.

No dia da primeira pretendente, ela... não apareceu. Isso, mesmo. Simplesmente não apareceu e nem deu as caras. Ninguém atendia seu telefone e tampouco havia uma caixa postal para deixar recado. Bom, menos uma.

A segunda pretendente parecia a dona da casa. Mandava em tudo e decidia o que iria fazer. Completamente insana, parecia que havia ingerido ao equivalente a 1 semana de café, de tão elétrica que era. Falava sem parar e sempre dizia, "viu dr Guilherme como limpo bem? Eu sei limpar. É um dom que Deus me deu". PUTA QUE PARIU! Isso foi o dia todo! Bom, menos uma.

A terceira se achava a protagonista da novela das 9, de tão fresca que era. Pediu um salário SURREAL! Então... mais uma fora.

A quarta foi a que nós mais gostamos. Calma, rápida, cozinhava muito bem. No final do dia/teste, dissemos que queríamos ficar com ela e decidimos por ela começar hoje, segunda, 10/02/2014.
Hoje, deu a hora marcada para chegar e ela... nada. Deu 9 horas e nada. 10 horas e nada. Quando deu 11 horas resolvemos ligar, mas ninguém atendeu. Agora no final da tarde a cidadã ligou e conversou com minha esposa:

- Aqui é a Marlene. - disse a cidadã.
- Sim, Marlene, o que aconteceu com você? Era hoje que você começaria aqui em casa, não era? O que houve? - minha esposa já sem paciência.
- Pois é. Conversei com meu marido e achamos que eu não deveria trabalhar ai pois o banheiro de empregada é pequeno para eu tomar banho. E, também, eu já fazia parte de uma empresa que procura empregadas para as pessoas e já achei trabalho em Botafogo e Barra (Rio de Janeiro).
- Marlene, mas você tinha fechado com a gente?
- Foi, mas aconteceu isso.

Ou seja, não há o menor respeito! As pessoas fazem o que querem e acham que estão no direito! Reclamam que estão sem dinheiro, sem trabalho, pedem "pelo amor de Deus" para trabalhar e fazem isso.

Não dá para entender.

segunda-feira, 13 de janeiro de 2014

Erro pela amizade

É muito complicado trabalhar com amigos. É mais complicado ainda trabalhar com o marido da melhor amiga da sua esposa. O cara não é seu amigo, mas é preciso ter a mesma conduta de como fosse seu amigo.

No caso em tela, o cidadão é uma pessoa honesta, mas muito confuso e as vezes parece que não entende muito bem o que falam para ele. Pior. Ele não questiona, deixa como está.

O contrato de exclusividade foi assinado com o prazo de 90 dias. Ou seja, no final dos 90 dias, o contrato seria extinto naturalmente. Mas não foi assim que o cidadão entendeu. Após passado 1 mês do término do contrato, liguei para o cidadão dizendo que como o contrato já havia terminado, colocaria outra pessoa "na jogada". Não tinha que ligar, mas assim o fiz por consideração.

Ato contínuo.

Ele ficou furioso, dizendo que eu estava sacaneando-o.

- Como assim te sacaneando, "fulano"? - Indaguei.
- Nós assinamos um contrato de exclusividade e agora você vai colocar outra pessoa para vender comigo? Isso é sacanagem!
- O contrato terminou há 1 mês!!! Cadê a sacanagem?
- Isso é sacanagem!
- Você está entendendo o que estou falando? Nosso contrato de exclusividade terminou há 1 mês e não houve renovação!
- Vou parar de anunciar, então!
- Ta bom.
- Tchau!
- Tchau!

Dias depois o cidadão conseguiu concretizar o negócio.

Considerações finais.
Apesar de não ser meu amigo, tive que trata-lo com "cuidado", como se de "vidro" fosse, para não acontecer nenhum mal entendido e a amizade de minha esposa com a esposa dele não ficar estremecida. Essa foi a última vez que trabalhei dessa forma! Pois se fosse com um "desconhecido", no dia seguinte do término do contrato já falaria com outras pessoas sem comunicar a pessoa. Negócios. Nada de errado. Mas como não foi um desconhecido, tive que "ficar cheio de dedos" com o cara.

sábado, 30 de novembro de 2013

Falsidade X drogas

Após três meses de ausência volto hoje a escrever. As vezes canso e deixo minha mente fazer o que ela bem entender.

Ontem fomos à uma reunião de amigos e num determinado momento o assunto abordado foi sobre a paz e violência na nossa cidade. Todos foram unânimes, não tinha como ser diferente, em afirmar que a violência na nossa cidade (Rio de Janeiro) aumentou por conta de vários acontecimentos recentes e que o povo deveria ter que voltar as ruas para protestar. Também, discutiu-se sobre as possíveis causas da violência.

A conversa ia muito bem até que duas integrantes do grupo resolveram dizer que gostavam de fumar maconha e o faziam de tempos em tempos.

Não sou falso moralista e nem quero dar lição de moral em ninguém, mas não aguentei:

- Você é acabou de dizer que o povo tem que voltar as ruas para pedir mais paz, segurança e agora diz que fuma maconha?
- Eu gosto. Me faz bem.
- Mas é ilegal e dessa forma você fomenta a violência e o tráfico de drogas.
A "chapa" esquentou e em um tom de voz alto e visivelmente descontrolado emocionalmente com minha crítica, disse.
- Mas e você que é contra as drogas, faz alguma coisa para alguém? Eu faço! Você faz?
Num tom apaziguador, disse.
- Calma (fulana)! Essa é minha opinião. As pessoas se dizem contra violência, mas sobem o morro para comprar droga. Isso, pra mim, é falso moralismo e discurso típico da nossa cultura do jeitinho brasileiro. E respondendo sua pergunta, eu, há 10 anos, que pago os estudos, contribuo com comida e outras coisas para um menino do sertão nordestino. E você, faz alguma coisa? O quê?
Nesse momento a turma do "deixa disso" apareceu e o assunto se estendeu por mais um tempo, com os ânimos mais calmos, e se dissipou.

Desculpem meu linguajar nesse momento mas... ora, vai tomar no cú! Posam de defensores da paz, vão para as ruas contra violência, mas sobem o morro para comprar droga. Vai tomar no cú! Hipocrisia pouco é bobagem. Fomentam o tráfico de drogas, a violência e posam de bonzinhos??? Vai tomar no cú!

Não sou contra quem quiser usar droga desde que seja legal. Se regulamentada, sou à favor da legalização das drogas, sim. Mas da forma que está, ilegal, a pessoa está fomentando violência!!!!! Minha questão é em relação a ilegalidade da coisa, que gera mais ilegalidades, que geram a violência e o circulo permanecerá assim se nada for feito.

Em todo caso... esta é a minha opinião.