terça-feira, 27 de dezembro de 2005

É verdade! E como é!

Hoje passei por uma situação da qual sempre "soube" que alguém tinha passado. É assustador.

Cheguei em casa para almoçar. O telefone toca e minha mãe atende. Um minuto depois, ela aparece no meu quarto desperada, dizendo que o "tenente coronel William" tinha ligado e disse que havia tido um acidente com 4 carros e um caminhão e meu pai estava no meio dos acidentados. Meu coração foi na boca e comecei a tremer. O telefone voltou a tocar e eu atendi. Era o "tenente coronel William" dizendo que eles sequestraram meu pai e queriam dinheiro, do contrário eles o matariam. Eu não parava de tremer. Apesar de estar tremendo, ainda tive tempo e sangue frio de "achar" que tinha alguma coisa errada com aquilo tudo. Desliguei o telefone na cara do "tenente" e comecei a ligar pro meu pai e nada do meu pai atender. Liguei pro meu irmão e pedi pra ele "achar" meu pai. Já estava achando que era verdade, quando meu pai atende o telefone dizendo que estava tudo bem e não atendeu o telefone porque tinha esquecido no escritório quando foi almoçar.

Bom, estava tudo bem com meu pai e tudo não passou de um trote.

Agora vou falar da minha raiva!

FILHAS DA PUTA! Tem que matar esses filhos da puta! Tem que esquartejar esses animais, bandidos, filhas da puta que fizeram e ANDAM fazendo isso por aí. Nunca senti meu coração bater tão forte como hoje. Nunca desejei mal a ningumém, mas quero que esses filhos da puta morram queimados debaixo da mãe deles!

Me vem à lembrança uma frase de um delegado, se eu não me engano, que diz que bandido bom é bandido morto. Quero que esses caras vão pra puta que pariu, cambada de filhas da puta!

Desculpa os palavões, mas foi necessário.

Tome cuidado com esse tipo de ligação! Eu caí hoje. Tome cuidado pra você não cair também.

Mandei tirar meus telefones e de toda minha família da lista telefônica, pois soube, através de um amigo daqui do meu bairro, que fizeram isso com uma conhecida dele na hora do almoço também. Pegam a lista e ficam ligando aleatoriamente.

Peço desculpas pelos palavrões

terça-feira, 13 de dezembro de 2005

A tal da amizade.

Sou um cara que conhece Deus e mundo. Por onde passo, encontro gente. Saio do Rio, encontro gente. Saio do país, encontro gente. Até nos lugares mais inusitados, encontro gente. Faço amizade muito rápido. Sou um cara comunicativo.

Já amigos, eu conto nas falanges do meu dedo mindinho. Com todo mundo é assim, mas pra quem faz amizades tão facilmente deveria ter mais amigos, não acha?

Fui notando com o passar dos anos, que foi diminuindo, drasticamente, a quantidade de amigos que tinha. Restaram três e fiz mais outra grande amizade. Três da velha guarda e um da nova geração. São amigos do peito, de coração, que posso contar a qualquer hora. Dois moram fora do pais e os outros dois aqui no Rio. Isso é triste, pois mostra que cultivar amizades, hoje em dia, virou "demodê". Todo mundo quer passar por cima de todo mundo e os valores morais que se fodam. O importante é se dar bem. Depois que consegue o que pretende, cai fora. Isso é mais triste ainda, porque neles foram depositados confiança, esperança, alegria e a tal da amizade.

O tempo é sublime, mas as vezes te passa uma rasteira e você cai sentado no chão sem o seu norte. Olha ao seu redor e fica se perguntando da onde veio aquela rasteira. Como uma amizade daquelas foi terminar assim tão de repente. Amigo não é pra se guardar, a sete chaves, dentro do peito? O que houve, então?
Depois de anos, acho que encontrei a resposta e ela é simples. Não eram meus amigos. Eram "colegas" (não gosto dessa palavra, mas foi a única que achei :) ) de interesse, de momento, de passagem. Mesmo que essa amizade tivesse durado anos, como uma que tive. Se foram. Eu não tenho mais o que eles queriam de mim. Agora é tempo deles buscarem em outras pessoas.

Hoje, não creio que faça mais amigos de verdade. Se mantiver esses que tenho, já está de muito bom tamanho.

Tento seguir o que Albert Einstein custava dizer: "Prefiro ser um otimista e estar errado do que um pessimista e estar certo".

Mas tá difícil...

segunda-feira, 5 de dezembro de 2005

Frustração à parte.

É! Oito meses de estudo pra duas matérias me derrubarem do alto da minha confiança. A certeza era tanta que ia passar nesse concurso, que já estava até fazendo outros planos. Mas não deu. Matemática e administração foram o meu tendão de Aquiles. Se não fossem por essas duas matérias teria passado, na pior das hipóteses, de qualquer jeito. Foi meu primeiro concurso e acabo de reforçar a máxima dos concurseiros de plantão: primeiro concurso é só pra "ver" como é que é, porque não passa (apesar de eu conhecer gente que já passou no primeiro concurso que fez). Tinha certeza que iria quebrar mais um padrão, mas...

Concurso, sem dúvida alguma, é um abdicação de boa parte da sua vida em pró de uma causa definitiva. É um abdicação, mas o que se aprende nesse tempo de estudo não é brincadeira. Aprendi a estudar, a ter paciência, a saber dividir meu tempo, a pensar melhor (verdade, pois é um exercício), a saber conviver com a frustração. É recomeçar de novo. Só espero que não seja com frequência.

Bom, volto a estudar na semana que vem. Até lá não quero pensar em provas, concursos, média pra passar, exercício...