domingo, 24 de fevereiro de 2008

Estoril - Portugal

Estoril:
A cidade em si não tem nada. Mas fiz questão de parar e tirar algumas fotos do autódromo de Estoril por 2 motivos. Um deles porque cresci vendo a F1 em Estoril. A outra porque logo em frente à entrada do autódromo, deram o nome dessa praça de Ayrton Senna. Fiquei feliz com essa homenagem ao nosso eterno campeão.

Tirei essa foto da arquibancada. O engraçado é que o autódromo como um todo não parece tão grande. Pela TV parece bem maior.

Essa é a homenagem que fizeram ao nosso Ayrton Senna. Essa "placa" fica bem na entrada. Muito legal.

Coimbra - Portugal

Coimbra:

É outra cidade linda e encantadora. A cidade em si é um charme, mas a Universidade de Coimbra é o diferencial. É sinônimo de "status intelectual", de história viva. Foi fundada em 1º de março de 1290. É surreal essa data, levando em conta que o Brasil foi descoberto em 1500, também pela universidade AINDA existir e AINDA continuar formando profissionais muito bem preparados para o mercado de trabalho. Ela fica na parte alta da cidade. Lá de cima pode-se ver a cidade toda. Fiquei emocionado em entrar na universidade, ainda mais quando vi o "prédio" de direito.

Vale muito a pena conhecer a cidade.

Essa é a parte alta da cidade, em que logo depois vem a Universidade de Coimbra.

Esse é o "prédio" de direito. Foi emocionante.

sábado, 23 de fevereiro de 2008

Lisboa - Portugal

Lisboa - Portugal

Essa é uma cidade única, pois o mundo se encontra lá. Encontra-se pessoas de todo mundo, mesmo Portugal passando por um período ruim, economicamente. Depois de bater uma foto com o "Pessoa", ir ao Mosteiro dos Jerónimos, ir ao Monumento do Descobrimento, à Torre de Belém, ao bondinho que "passeia" pela cidade e etc., nada melhor que comer os famosos pastéis de Belém. É uma cidade bonita, porém, como toda cidade grande, é cada um por si e Deus por todos. Vale a pena ir.

Tirei essa foto de dentro do bondinho. Achei essa imagem linda.

Essa foto é de dentro do bondinho. O bondinho vai por quase toda cidade. É muito legal. Vale a pena.

Esse é o Mosteiro dos Jerónimos. É lindo tanto por fora como por dentro. Em frente ao Mosteiro, encontra-se o Monumento do Descobrimento e a Torre de Belém. Ao lado direito, fica a "loja" que vende os famosos pastéis de Belém. Tenho que dividir uma "tragédia portuguesa" com vocês. GRAVEI a viagem toda! Filmei, inclusive, a cozinha na preparação dos pastéis de Belém, MAS...MAS... chegando aqui no Brasil, fui passar os filmes para o computador e perdi TUDO apertando o botão errado. Não gosto de lembrar.

Alcobaça - Portugal

Alcobaça é uma cidade agradável, não tem nada demais. É uma cidade onde o centro das atenções é um mosteiro, que diga-se de passagem, não conseguimos entrar porque chegamos com 30 minutos de atraso. Mas é uma cidade agradável.

sexta-feira, 22 de fevereiro de 2008

Fátima - Portugal

Fátima é um lugar onde mesmo quem não é religioso, como eu, se emociona. A cidade gira em torno do santuário. Hotéis, restaurantes, comércio.


O Santuário é monstruoso de grande. Diria que é do tamanho do Maracanã OU maior. Porém, seu tamanho não é o que mais me impressionou e sim algo que não podemos enxergar; a fé. É indescritível a sensação de estar no santuário de Fátima. Algo... inexplicável.

No dia que fui, não pude visitar o túmulo de uma das três irmãs que viram Nossa Senhora, pois havia uma missa naquele momento (o túmulo encontra-se dentro de uma das capelas que ali existem) e não podíamos esperar muito tempo, pois estava escurecendo e tínhamos que voltar para Sintra, onde estávamos. Mesmo não tendo visto o túmulo, senti que minha passagem por Fátima havia sido consumada. O que quer dizer com isso eu não sei, mas "fui" levado até lá e cumpri.

Repito; não sou religioso. Acredito em algo superior que costumam chamar de Deus. Nos meus 35 anos de vida, só fui à igreja umas 10 vezes e MESMO assim, a sensação de estar em Fátima foi algo indescritível. MUITO diferente do Vaticano... mas essa história é para uma outra vez.

Vale apena ir e sentir a energia de lá.

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2008

Porto - Portugal

A cidade da vez é Porto. Fiquei deslumbrado com essa cidade ao norte de Portugal. À beira do Rio Douro, de um lado é Porto e do outro Gaia. Porto é uma cidade grande com "jeito" de cidade média. Ela é quase toda em declive. É uma graça de cidade. Estilo romano. Parei para comer no quiosque (foto abaixo) à beira do Rio Douro e comecei a lembrar da história do Porto. Portugal é história viva onde você anda lado a lado com ela o tempo todo.


Quem tiver interesse em ir, visite essa página: http://pt.wikipedia.org/wiki/Porto

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2008

Aveiro - Portugal

Aveiro, Portugal.
Confesso que não esperava nada por essa cidade e quando cheguei lá, fiquei encantado com a Veneza portuguesa. A cidade é linda.


A cidade é uma graça e merece uma visita.

sábado, 16 de fevereiro de 2008

Viajante

Passei por diversos lugares e gostaria de externar minha impressão sobre eles com você. A começar por um vilarejo chamado Ponte de Lima em Portugal:


É uma vila que é simplesmente linda. À beira do Rio Lima, é um daqueles lugares que você fica boquiaberto com tamanha beleza. É simplesmente deslumbrante. Ao extremo norte do país e à 20 minutos da Espanha, Ponte de Lima foi um lugar que encontrei a calma, a segurança, a amizade, o sentido de família. Lá, parece que o tempo não anda, mas cochila e as vezes desperta para continuar a passar. É difícil voltar para o Rio de Janeiro depois de passar férias lá.

Quem tiver curiosidade de conhecer essa linda vila, pode acessar essa página: http://pt.wikipedia.org/wiki/Ponte_de_lima

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2008

Ladrões de sonhos

Monty Roberts é proprietário de um rancho, o qual ele explora comercialmente o potencial turístico e lúdico em sua pousada. No entanto, durante um mês inteiro, ele empresta o rancho para seu amigo Jack com a finalidade de levarem jovens carentes à pousada. Ao final da noite, na varanda do rancho, costuma contar um fato que marcou sua vida.

"Quero dizer-lhes porque deixo Jack usar minha casa. Isso remonta a uma história de um jovem rapaz, filho de um treinador de cavalos itinerante, que vivia de estrebaria em estrebaria, de pistas de corridas em pistas de corridas, de fazenda em fazenda, de rancho em rancho, treinando cavalos. Consequentemente, o curso de segundo grau do garoto era constantemente interrompido. Quando estava no último ano, um professor lhe pediu que escrevesse sobre o que gostaria de ser quando crescesse. Naquela noite, ele escreveu sete páginas sobre seu objetivo de algum dia possuir um rancho de cavalos. Descreveu seus sonhos com riqueza de detalhes e até fez o desenho de um rancho de oitenta hectares, mostrando a localização de tudo. Então, desenhou em detalhes a planta baixa, a casa de quatrocentos metros quadrados que desejava possuir e o rancho de seus sonhos.

Ele colocou seu coração no projeto e, no dia seguinte, entregou-o ao professor. Dois dias depois recebeu sua folha de volta. Havia um grande "zero" vermelho e uma mensagem: "Procure-me depois da aula".

O garoto do sonho foi falar com o professor: "Por que recebi um zero?"

E o professor lhe disse:
"Este é um sonho irreal para um rapaz como você. Você não tem dinheiro, vem de uma família pobre. Para ter um haras é preciso muito dinheiro. Você tem que comprar a terra, comprar os primeiros animais. Mais tarde, pagará impostos enormes. Não há como realizar seu sonho. Se você reescrever seu sonho, colocando um objetivo mais realista, darei nota melhor".

O garoto foi para casa e pensou muito. Refletiu. Depois de uma semana, o garoto entregou a mesma folha para o professor: "Pode ficar com seu "zero" vermelho e eu ficarei com o meu sonho".

E Monty conta essa história sempre que pode. E termina da mesma forma:
"Meus jovens. Estou lhes contando essa história porque estão sentados em minha casa de quatrocentos metros quadrados, bem no meio do meu haras. Ainda tenho aquele trabalho escolar emoldurado sobre a lareira".
E ainda acrescenta:
"A melhor parte da história é que, há algum tempo, aquele mesmo professor trouxe trinta garotos para acampar no meu rancho. Quando estava indo embora, ele me disse: Olhe Monty, preciso lhe dizer que quando eu era seu professor, eu era um tipo de ladrão de sonhos. Durante aqueles anos, roubei os sonhos de uma porção de alunos. Felizmente, você teve juízo suficiente para não desistir dos seus sonhos."

Quantas pessoas não tentam roubar nossos sonhos afirmando que aquilo que almejamos é impossível. A mídia apenas nos oferece situações críticas, de crise e falta de oportunidades. Sei que é difícil, mas não podemos nos deixar abater pelas dificuldades que nos circundam.
Mais uma vez, cabe a nós decidir. Afinal, está em nossas mãos a possibilidades de escolher: podemos escolher ser roubados de nossos sonhos ou podemos assumir a escolha da conquista de nossos ideais.

"Não é digno de saborear o mel aquele que se afasta da colméia com medo das picadelas das abelhas".
Shakespeare

" A preocupação, seja em busca da felicidade ou seja o medo de errar, nunca venceu o destino"

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2008

A Carta

Sinceramente, torço pra esses policias se ferrarem de todas as maneiras possíveis. É uma vergonha! Esses três bandidos fardados deveriam estar fora da policia e não "protegendo" a população.

"Carta que o juiz federal Roberto Schuman, que foi preso e algemado sob a acusação de "desacato" por detetives da Core, na Lapa, durante o carnaval:

"O Juiz, a Polícia e o Malandro.

Segunda-feira de carnaval, saio de casa perto das 22:00 horas para encontrar a namorada na porta do Circo Voador, na Lapa. Lá chegando, saio do táxi falando ao celular para encontrá-la. Mas não é só. Além de tênis, bermuda e camisa, usava um chapéu, desses vendidos em todos os cantos da cidade a R$ 5,00. Presente da namorada. Coisa de mulher.

Então, atravesso a rua e quase sou atropelado por um camburão com luzes e lanternas apagadas com a inscrição CORE no carro. No mesmo momento o motorista grita " Ô malandro" e eu, assustado, dou um pulo para a calçada, peço desculpas e viro as costas, continuando ao celular e andando, já na calçada.

Ai, percebo que a viatura andava ao meu lado, com três policiais de preto, ao que escuto, em alto e bom som: "Saia da rua, seu malandro e bêbado". Nesse momento, pensei: Isto não é jeito de tratar as pessoas na rua e respondi: "Não sou bêbado nem malandro; se vocês não estiverem em operação, está errado andarem com essa viatura preta e apagada, pois quase me atropelaram e vão acabar atropelando alguém!"

Oportunidade em que os homens de preto descem da viatura dizendo: "Ô malandro, tu é abusado, tá preso". Ato contínuo, diante da voz de prisão, estendo os dois braços para ser algemado. Pergunto ao mais novo dos três, que estava completamente alterado: "Qual o motivo da prisão?" Resposta: "Desacato". Pergunto novamente: "O que os senhores entendem como desacato?" Resposta: "Até a DP a gente inventa, se a gente te levar pra lá". Neste exato momento, percebendo a gravidade da situação, disse: Estou me identificando como juiz federal e minha identificação funcional está dentro da minha carteira, no bolso da bermuda. Imediatamente o policial novinho, que se identificou como André e na DP disse se chamar Cristiano meteu a mão no meu bolso, pegou a minha carteira e a colocou em um dos bolsos de sua farda preta. Então o impensável aconteceu! Disseram: "Juiz Federal é o c..., tu é malandro e vai para a caçapa do camburão.

Fui atirado na mala do camburão como bandido, algemado, porém, com o celular no bolso e os três policiais do CORE da Policia Civil do Estado do Rio de Janeiro, dizendo que no máximo eu deveria ser "juiz arbitral ou de futebol". Temendo pela vida, por incrível que pareça me veio aquela frase de Dante, da sua obra "Divina Comédia": "Abandonai toda a esperança, vóis que entrais aqui". Então, sem perder as esperanças, peguei o celular do bolso mesmo algemado e liguei para a assessoria de segurança da Justiça Federal informando a situação, bem baixinho, e que não sabia se seria levado para DP, pedindo para acionar a PM e localizar a viatura do CORE que estava circulando pela Lapa comigo jogado algemado na mala.

Após a ligação, disse-lhes uma única coisa, ainda na viatura. "Vocês estão cometendo crime, ao que escutei dos três, aos risos: "juiz federal andando com esse chapéu igual a malandro. Até parece. Se você for mesmo juiz, a gente vai chamar a imprensa, pois juiz não pode andar como malandro."

Na delegacia, as gracinhas dos policiais continuaram: "Olha o chapéu do malandro". Então eu disse, já me sentindo em segurança: "Vocês querem que eu tire o chapéu e vista terno e gravata?" O fato é que já na presença do delegado as algemas foram retiradas e, vinte minutos depois, um dos policiais de preto vem ao meu encontro e me pede: "Excelência, desculpas, nos agimos mal, podemos deixar por isso mesmo?" Respondi: "Primeiro. Não me chame de Excelência, pois até há pouco vocês me chamavam de malandro. Segundo. Não, não pode ficar por isso mesmo. Como é que vocês tratam assim as pessoas na rua, como se fossem bandidos. Terceiro. Vocês três não honram a farda que estão vestindo. Quarto. Desde a abordagem policial agi apenas como cidadão, no que fui desrespeitado e, depois de ter me identificado como juiz federal, fui mais ainda, logo, um crime de abuso de autoridade seguido de outro de desacato.

Depois do circo montado pelo próprio agente do CORE Cristiano, que ligara do interior da DP para os repórteres, de forma incessante, talvez temendo que ele e seus dois colegas de farda preta fossem presos por mim no interior da DP, decidi não fazê-lo porque em nada prejudica a instauração de procedimento administrativo na Corregedoria da Policia Civil, bem como a ação penal por abuso de autoridade e desacato, sendo desnecessário mencionar o dano à minha pessoa, como cidadão e magistrado.

Pensei, por fim: "Se como juiz federal fui ameaçado por três homens de fardas pretas com pistolas automáticas, algemado e jogado como um bandido na mala de um camburão, simplesmente por tê-los repreendido, de forma educada, como convém a qualquer pessoa de bem, o que aconteceria a um cidadão desprovido de autoridade e de conhecimento dos seus direitos?" Duas coisas são certas, de minha parte: Não permitirei nada "passar" em branco, pois são fatos sérios e graves que partiram daqueles que têm o dever de zelar pela segurança da sociedade e, no próximo carnaval, não usarei o presente da namorada, o tal "chapéu". É perigoso. Pode ser coisa de malandro.

Roberto Schuman - Cidadão e Juiz Federal no Estado do Rio de Janeiro"
"

terça-feira, 12 de fevereiro de 2008

Depressão pós-viagem!

Viajar é muito bom, mas...

Não sei se é com todo mundo, mas toda vez que volto de uma viagem de fora do país, passo alguns dias repensando na minha vida. Até passo alguns dias sob efeito anestésico, tentando voltar a realidade o mais rápido possível. Vejo nesses países tanta civilidade, respeito à vida, às leis, que até dá um nó nas minhas elucubrações;"POR QUE O BRASIL NÃO PODE SER ASSIM?". Sempre quando voltam à tona questões como essa, escuto coisas do tipo;"Todo mundo reclama daqui, mas não sai", "Não gosta daqui, vai embora", "Mesmo assim, com toda essa baderna, prefiro o Brasil" e etc. As pessoas estão se acostumando com toda essa baderna, sujeira, corrupção, violência. Estamos à beira da anomia e os pensamentos não mudam! Pior! Continuam dando desculpas pra essa anomia toda e NADA é feito.

Como dizia Nelson Rodrigues, "é batata" voltar de um país civilizado e não entender a razão pela qual o Brasil é assim!!! Por que há tanta corrupção e nada é feito? Por que a impunidade cresce a cada dia e NADA é feito? Por que estelionatários, assassinos, bandidos estrangeiros continuam vindo pra cá na certeza da impunidade? Que ficarão livres de qualquer justiça? Sempre foi assim.

Voltei da Europa deprimido! Em TODOS os países/lugares que fui até hoje, sempre andei nas ruas com mais segurança do que se estivesse dentro de delegacias aqui no Brasil. É surreal, é um absurdo! E é real.

É uma pena que estão fazendo com o nosso Brasil, com o meu Rio de Janeiro. Nosso país tem lugares belíssimos e com poucos turistas. O turista estrangeiro vem ao Rio de Janeiro fazer TURISMO SEXUAL, porque ele sabe que NADA lhe acontecerá. No país dele, se for pego, são anos de prisão e NÃO TEM JEITINHO BRASILEIRO, NÃO!

Falando mais especificamente do meu Rio de Janeiro; está jogado às traças e é isso ai. Ponto final. NENHUM político ou autoridade diz estar errado. NUNCA! Nunca ouvi de uma autoridade ou de um político, um simples A CULPA É NOSSA E VAMOS RESOLVER, ou mesmo chamando a responsabilidade pra si. NUNCA. Tiroteio "comendo" solto, violência exacerbada nas ruas e o que as autoridades policias dizem? "Não tem nada de errado. Foi um caso à parte. Uma exceção. Nosso efetivo cobre toda essa área e não precisa aumentar. Não precisa mudar". Hahahah É pra rir mesmo.

Já é tempo do povo tomar as rédeas da situação ao invés de deixar tudo para o governo fazer. O poder emano do povo! Mas então o que acontece com ele que fica em pávido colosso, em seu berço esplêndido? Simples. Ele é assim porque é assim. Não ha ambição, não ha razão crescer na vida pessoal, na vida profissional.

Segue um trecho extraído do texto abaixo:
"(...) Pertenço a um país onde, lamentavelmente, os jornais jamais poderão ser vendidos como em outros países, isto é, pondo umas caixas nas calçadas onde se paga por um só jornal E SE TIRA UM SÓ JORNAL, DEIXANDO OS DEMAIS ONDE ESTÃO. (...)"

Esse trecho é muito forte, triste, desmotivante! Esse ato é tão simples quanto beber um copo de água e, inacreditavelmente, o nosso povo NÃO ESTÁ PREPARADO PARA ISSO!

Bom, até a próxima depressão pós-viagem.

sexta-feira, 1 de fevereiro de 2008

Precisa-se de matéria prima pra se construir um país!

Chegou à mim esse texto como se fosse da autoria de João Ulbado Ribeiro. A pessoa que me enviou esse texto é de confiança, mas mesmo assim não tenho certeza se é realmente de autoria desse mágico da escrita, pois a internet imputa qualquer coisa a qualquer pessoa e já pode ter chegado a essa pessoa desse jeito. Mas se por ventura não for de autoria desse grande escritor, é um texto belíssimo e eu assino embaixo sem NADA acrescentar OU retirar. Esse texto traduz TUDO que quis dizer até hoje com os meus textos nesse blog.

Deliciem-se.

"Precisa-se de Matéria Prima para construir um País.

A crença geral anterior era que Collor não servia, bem como Itamar e Fernando Henrique. Agora dizemos que Lula não serve.

E o que vier depois de Lula também não servirá para nada...

Por isso estou começando a suspeitar que o problema não está no ladrão corrupto que foi Collor, ou na farsa que é o Lula.

O problema está em nós. Nós como POVO. Nós como matéria prima de um país. Porque pertenço a um país onde a "ESPERTEZA“ é a moeda que sempre é valorizada, tanto ou mais do que o dólar.

Um país onde ficar rico da noite para o dia é uma virtude mais apreciada do que formar uma família, baseada em valores e respeito aos demais. Pertenço a um país onde, lamentavelmente, os jornais jamais poderão ser vendidos como em outros países, isto é, pondo umas caixas nas calçadas onde se paga por um só jornal E SE TIRA UM SÓ JORNAL, DEIXANDO OS DEMAIS ONDE ESTÃO.

Pertenço ao país onde as "EMPRESAS PRIVADAS" são papelarias particulares de seus empregados desonestos, que levam para casa, como se fosse correto, folhas de papel, lápis, canetas, clipes e tudo o que possa ser útil para o trabalho dos filhos... E para eles mesmos.

Pertenço a um país onde a gente se sente o máximo porque conseguiu "puxar" a tevê a cabo do vizinho, onde a gente frauda a declaração de imposto de renda para não pagar ou pagar menos impostos.

Pertenço a um país onde a falta de pontualidade é um hábito. Onde os diretores das empresas não valorizam o capital humano. Onde há pouco interesse pela ecologia, onde as pessoas atiram lixo nas ruas e depois reclamam do governo por não limpar os esgotos. Onde os diretores das empresas não valorizam o capital humano.

Onde pessoas fazem "gatos" para roubar luz e água, e nos queixamos de como esses serviços estão caros. Onde não existe a cultura pela leitura (exemplo maior nosso atual Presidente, que recentemente falou que é "muito chato ter que ler") e não há consciência nem memória política, histórica nem econômica.

Onde nossos congressistas trabalham dois dias por semana para aprovar projetos e leis que só servem para afundar o que não tem, encher o saco do que tem pouco e beneficiar só a alguns. Pertenço a um país onde as carteiras de motorista e os certificados médicos podem ser "comprados", sem fazer nenhum exame.

Um país onde uma pessoa de idade avançada, ou uma mulher com uma criança nos braços, ou um inválido, fica em pé no ônibus, enquanto a pessoa que está sentada finge que dorme para não dar o lugar.

Um país no qual a prioridade de passagem é para o carro e não para o pedestre. Um país onde fazemos um monte de coisa errada, mas nos esbaldamos em criticar nossos governantes.

Quanto mais analiso os defeitos do Fernando Henrique e do Lula, melhor me sinto como pessoa... apesar de que ainda ontem "molhei" a mão de um guarda de trânsito para não ser multado. Quanto mais digo o quanto o Dirceu é culpado, melhor sou eu como brasileiro... apesar de ainda hoje de manhã ter passado para trás um cliente através de uma fraude, o que me ajudou a pagar algumas dívidas.

Não. Não. Não. Já basta!

Como "Matéria Prima"de um país, temos muitas coisas boas, mas nos falta muito para sermos os homens e mulheres de que nosso País precisa.

Esses defeitos, essa "ESPERTEZA BRASILEIRA" congênita, essa desonestidade em pequena escala, que depois cresce e evolui até converter-se em casos de escândalo, essa falta de qualidade
humana, mais do que Collor, Itamar, Fernando Henrique ou Lula, é que é real e honestamente ruim, porque todos eles são brasileiros como nós, ELEITOS POR NÓS.

Nascidos aqui, não em outra parte... Entristeço-me. Porque, ainda que Lula renunciasse hoje mesmo, o próximo presidente que o suceder terá que continuar trabalhando com a mesma matéria prima defeituosa que, como povo, somos nós mesmos.

E não poderá fazer nada... Não tenho nenhuma garantia de que alguém o possa fazer melhor. Mas enquanto alguém não sinalizar um caminho destinado a erradicar primeiro os vícios que temos como povo, ninguém servirá.

Nem serviu Collor, nem serviu Itamar, não serviu Fernando Henrique, e nem serve Lula, nem servirá o que vier. Qual é a alternativa? Precisamos de mais um ditador, para que nos faça cumprir a lei com a força e por meio do terror?

Aqui faz falta outra coisa. E enquanto essa "outra coisa" não comece a surgir de baixo para cima, ou de cima para baixo, ou do centro para os lados, ou como queiram, seguiremos igualmente condenados, igualmente estancados... Igualmente sacaneados!

É muito gostoso ser brasileiro. Mas quando essa brasilinidade autóctone começa a ser um empecilho às nossas possibilidades de desenvolvimento como Nação, aí a coisa muda... Não esperemos acender uma vela a todos os Santos, a ver se nos mandam um Messias.

Nós temos que mudar! Um novo governante com os mesmos brasileiros não poderá fazer nada... Está muito claro... Somos nós os que temos que mudar.

Sim, creio que isto encaixa muito bem em tudo o que anda nos acontecendo: desculpamos a mediocridade mediante programas de televisão nefastos e francamente tolerantes com o fracasso. É a indústria da desculpa e da estupidez.

Agora, depois desta mensagem, francamente decidi procurar o responsável, não para castigá-lo, senão para exigir-lhe (sim, exigir-lhe) que melhore seu comportamento e que não se faça de surdo, de desentendido.

Sim, decidi procurar o responsável e ESTOU SEGURO QUE O ENCONTRAREI QUANDO ME OLHAR NO ESPELHO.

AÍ ESTÁ. NÃO PRECISO PROCURÁ-LO EM OUTRO LADO. E você, o que pensa?...

É O QUE EU SEMPRE DIGO. “O GOVERNO SOMOS NÓS, OS POLÍTICOS, NEM TANTO ASSIM.”

"MEDITE!!!"

E eu acrescento: o que nos falta é EDUCAÇÃO! "