sábado, 4 de agosto de 2007

Inversão de valores

Aqui no Rio de Janeiro, principalmente, é fácil encontrarmos inversão de valores. Na política, na polícia, nas ações do cidadão comum. Hoje em dia, ser politicamente (refiro-me a viver em sociedade - polis) correto é um defeito e no entanto deveria ser o "padrão" da nossa sociedade.

Fui criticado por ter tido uma reação explosiva quando parei o carro no sinal e um desses meninos, que mal se aproximando do carro, já foi jogando água (ou sei lá o que mais) no vidro do carro, sem me perguntar se eu queria. Como não adiantou eu dizer "não" de dentro do carro, desci o vidro e disse pra ele parar imediatamente. Como ele continuou, dei um leve toque no "limpador" para que desgrudasse do vidro. O menino ficou me olhando, pediu desculpa e foi embora.

Fui, então, criticado por essa minha atitude: "é apenas uma criança, calma! Não precisa agir dessa forma. Você está muito nervoso". Pois é... eu sou o errado, o nervoso, o que teve uma atitude equivocada, por se tratar de uma criança (devia ter uns 11, 12 anos) que pode fazer tudo o que quiser por ter a chancela da lei. Criança pode tudo, inclusive matar... mas alto lá! É apenas uma criança! Ele matou por não ter discernimento do certo do errado! Seu cérebro ainda está em formação!

É essa inversão de valores que me preocupa, ainda mais vindo de uma pessoa que convive comigo e tem a mesma linha de raciocínio que a minha. O errado nesse caso, não sou eu, mas o menino que não te da chance de responder para não receber um "não", ou seja, te coage (protegido pela lei e por sentimentos de compaixão, dó) a dar o dinheiro após a lavagem, MESMO você não querendo. Ok. Então alguns vão dizer: "mas com 11, 12 anos, não se tem idéia do que faz". Volto a questão anterior. Será que não? Pois eu já tive 12 anos e sabia PERFEITAMENTE o que estava fazendo. Então isso é balela.

Enquanto houver esse inversão de valores na nossa sociedade, mais e mais crianças farão o que quiserem e mesmo sendo errado, ilegal, pessoas sempre passarão a "mão na cabeça delas".

EU SOU O ERRADO!

sexta-feira, 3 de agosto de 2007

Absolvição por impunidade?

Aqui no Brasil não ha lei, mas um vestígio, ainda mais remoto, de lei.
Segundo reza a lenda (até hoje não sei se é verdade ou se é lenda mesmo), um ministro francês disse que o Brasil não é um país sério. Independente de ser lenda essa frase, o fato é que não ha como fugir da NOSSA verdade que nos imputa a uma falta de seriedade MESMO! A Constituição Federal de 1988, por exemplo, poderia ser rasgada que ninguém sentiria falta dela, uma vez que que nada o que está escrito nela faz-se valer.

Paulo Maluf, até hoje, guarda com carinho em sua conta bancária, milhões de reais roubados do contribuinte. E o que aconteceu com ele? Ficou preso... quer dizer, DORMIU na cadeia por 2 ou 3 dias e depois foi brincar de ser deputado.

Sérgio Naya... alguém sabe do paradeiro dele? Na cadeia eu te garanto que você não o encontra. Provavelmente deve estar em Miami zombando dos pobres e das vítimas do Palace que perderam suas casas (economias de uma vida) e até entes queridos.

Juiz Lalau? Vai e volta pra cadeia... quer dizer, pro hotel. Brinca de estar doente e ainda recebe uma aposentadoria OBESA. Assim deve continuar até o fim da vida, nesse mar de rosas, no apogeu.

Fernando Collor!!! Bom, esse "pagou" com os oito anos de inegibilidade e agora o povo de Maceió, com dó do moço, o elegeu senador. O mais votado! Nao sei o que falar... será que essas pessoas que votaram nele nasceram depois de 1990?

Tantos outros... esses são os casos mais conhecidos. Sem contar os dos anônimos, da polícia, da festa de impunidade dos políticos e etc.

Mas disso tudo, todo mundo está "careca" de saber. O motivo desse texto é a minha indignação sobre a absolvição do jogador do Botafogo, Dodô. É lastimável essa absolvição. É mais uma vergonha pro nosso país. O é preciso para inocentar ou condenar uma pessoa? A prova! Essa prova foi encontrada na urina do jogador e mesmo assim foi inocentado! Não ha lei no Brasil, mas sim, INTERESSES da lei ser aplicada. Ou seja, a figura da Thêmis (justiça) resolveu tirar a venda dos olhos e olhar com carinhos os interesses das pessoas. Não estou entrando no mérito se ele tomou esse medicamente proibido por vontade própria, mas o fato é que essa substância proibida foi encontrada no organismo dele! Ele, ao menos, deveria ser punido com a pena mínima, se fosse o caso, mas nunca ter saído como inocente, "injustiçado".

Quem tem culpa nessa história? Todos nós cidadãos, eleitores. Quem colocou Maluf, Collor, Clodovil no poder? Fomos nós, o povo. Quem contribui com a impunidade quando fazemos alguma irregularidade e damos uma "cervejinha" ao policial? Somos nós, o povo. Quem enaltece o bandido, transformando-o em herói? Nós, o povo. Somos nós, o povo, então, que temos que mudar isso! Mas sinceramente, não acredito que vamos mudar esse quadro. É até piada eu acreditar nisso, mas em todo caso...

quarta-feira, 1 de agosto de 2007

Que charge!!!


Foi a melhor charge que vi em muitos anos! Diz exatamente o que acontece hoje em dia. Preciso dizer mais alguma coisa?