terça-feira, 30 de setembro de 2008

Peculiaridades de Roma

Itália é, sem dúvida, um dos países mais lindos e charmosos que já visitei. Andamos de carro pela bota toda, MENOS em Roma. Agora, falando especificamente dela, apresento algumas curiosidades dessa cidade que é pura história viva.

ahahahhahahaah Não resisti essa cena e ri muito. Achei tão engraçado o tamanho desse carro, que tive que tirar essa foto. Não sei se achei engraçado pelo fato de não existir aqui no Brasil e não estar acostumado a ver, mas o fato é que como a maioria das ruas na Europa é muito estreita, essas carros são sempre bem-vindos.


Esse conjunto de cores me chamou atenção pela sua beleza. Uma barraquinha numa feira livre.


Achei esse estacionamento de lambretas "o maior barato". Você não imagina a zona que é o trânsito da cidade de Roma. Lambretas te ultrapassam por baixo, por cima, pela direito, esquerda, por todo canto. Hora do "rush" no Centro do Rio de Janeiro é "pinto" perto de Roma.

segunda-feira, 29 de setembro de 2008

Nosso cérebro

Ha quem diga que usamos apenas 1% da capacidade do nosso cérebro. Se é verdade, eu não sei, mas que estamos a anos-luz de usarmos a capacidade total dele, isso sim!

Nosso cérebro é um vulcão adormecido que está esperando ser cutucado pra agir para e por nós. É ele quem nos guia, nos presenteia, nos auto-sabota (espero não estar fazendo nenhum pleonasmo aqui:) ). Nós temos uma poderosíssima arma a nosso favor e não sabemos usar. Lembro-me claramente de um episódio que aconteceu comigo num intervalo de 10 dias. Na época ainda competia em jiu-jitsu e estava um pouco acima do peso. Por isso tinha que perder o quanto antes. Passei um dia todo sem comer, só treinando. Resultado: no final do dia, de tão fraco que estava, peguei um resfriado e caí de cama. Dias depois, já recuperado, passei um dia todo sem comer, só treinando (novamente). Só que dessa vez foi por esquecimento. No final do dia, não havia sinal nenhum de gripe e tampouco de fraqueza. Ou seja, quando quis ficar sem comer para perder peso, meu cérebro deve ter dito: "Esse cara é maluco. Vamos acabar com a festa dele." Dias depois, quando esqueci, completamente, de comer, meu cérebro entendeu que não precisava me "punir" e me manteve saudável. As atividades foram as mesmas, o esforço foi o mesmo, tudo foi o mesmo, a não ser pela intenção. A intenção, isto é, a mensagem que enviei ao meu cérebro, que fez toda a diferença pra que eu não caísse de cama novamente.

Ha um estudo recente, que começou na década de 70 nos EUA, chamado de Programa Neurolinguistica (PNL), que segue essa mesma linha de raciocínio. A mente é programável para fazer o que desejarmos, basta que nós saibamos programar. Tentei usar essa técnica num trauma de infância e deu certo. Ainda bem novo, uma vez comi tanto chocolate em forma de guarda-chuva (quem tem 30 e poucos anos sabe o que estou falando), que passei dois dias passando mal. O trauma foi tão grande que toda vez que via esse chocolate em forma de guar-chuva, passava mal só de olhar. Pois bem, usei essa técnica de dissociação e hoje como, naturalmente, esse chocolate em forma de guarda-chuva (que por sinal, só fui achar numa tendinha no centro do Rio de Janeiro).

O que quero dizer é que nossa mente associa, dissocia, cria, destrói, materializa, esquece, guarda. Basta saber o caminho. Numa dessas minhas “andanças” pelos livros, li uma frase que guardo comigo até hoje: “Pensar é o primeiro passo para que se torne realidade. Diga isso ao seu cérebro e ele se encarregará do resto.”.

sexta-feira, 26 de setembro de 2008

O medo da mudança

O ser humano é muito medroso mesmo. Tem medo do inesplicável, do desconhecido, da mudança. A mudança é o mais "mundano" de todos. São poucas as pessoas que encaram a mudança com tranquilidade, desapego. É natural que a mudança assuste, mas não que freie nossas atitudes, nossos sonhos. Por ser "relax" e não pensar muito nas consequências dos meus atos quando quero alguma coisa, as vezes me acham um pouco inconsequente, maluco, bom-vivant, porque mudo de caminho por estar insastisfeito com o rumo da minha vida e querer reverter o quadro. Bom-vivant, sim, porque por diversas vezes larguei pela metade coisas sólidas, promissoras e recomecei outras do zero. Enquanto que amigos estavam seguindo, seriamente, o caminho traçado por eles e que NÃO podiam falhar, mesmo odiando o que faziam.

Por não ter medo da mudança, tornei-me uma pessoa sem medo de ir à luta, independente de qualquer coisa. Simplesmente pelo fato de não querer mais continuar na mesmíce, naquela vidinha de sempre que não me acrescentava em nada. Quer dizer, me acrescentava, sim, uma coisa: a angústia.

A mudança, hoje, pra mim é um trampolim para o que eu desejar fazer, ser, criar, falar, agir, me expressar. Refiro-me a tudo, mas com ênfase na vida profissional. Vejo tantos amigos e conhecidos que vivem o "princípio do retrato" em que por fora todo mundo está feliz, alegre, bem, nunca se fala em problemas, tristezas. É típico do comercial da Doriana. Mas basta sair da superficialidade que encontro pessoas extremamente tristes com que fazem, revoltadas com a vida que levam, descontentes com quem são.

Onde entra a mudança ai? Está exatamente na postura, na atitude de querer mudar, na forma com que a vida é encarada, com a falta de preocupação com que as outras pessoas vão pensar, dizer, fofocar.

Mas eu diria que o medo que as pessoas sentem em mudar, não é apenas pelo "princípio do retrato", mas por quererem sempre pertencer a um padrão que a sociedade nos impôs. Ou seja, se alguém sai daquele padrão comportamental estabelecido pela aquela sociedade, ela sente um alvo eminente, preocupada com que as pessoas vão falar, achar dela.

É preciso quebrar padrões quando se ha necessidade. Os grandes líderes, personalidades quebraram padrões e não tiveram medo, simplesmente por buscarem aquele objetivo que os tornariam felizes.

Houve um tempo quando pensei que essa minha incerteza com tudo estaria enraizada na minha alma (dramático, não?) e por isso seria eterno, mas... encontrei a certeza; o direito.

terça-feira, 23 de setembro de 2008

Seguros de Viagem

Acabei de ler uma matéria sobre os seguros de viagens, que não cumprem com o contrato. Como, geralmente, o custo de ir ao judiciário é maior do que as empresas de seguro de viagem devem aos seus assegurados, fica-se por isso mesmo.

Lembro-me de numa viagem à Europa em 2006. Fizemos um seguro de saúde de 12 dias (o tempo que passaríamos viajando). Numa das cláusulas do contrato dizia que se a companhia aérea atrasasse o vôo em mais de 24 horas, eles pagariam as despesas como, por exemplo, diária de hotel, comida e etc. até 100 euros, se eu não me engano. Pois bem. A companhia aérea atrasou o vôo em mais de 24 horas. Fiz tudo como manda o figurino e voltei para o Brasil. Chegando aqui, liguei para a empresa que eu havia feito o seguro (não lembro o nome, mas prometo achar nas minhas anotações e ESTAMPAR aqui) e expliquei o que havia acontecido. Abriu-se um processo (esse pessoal adora a frase: "vamos abrir um processo para a sua solicitação") e 3 dias depois, liguei novamente. Pra minha surpresa, o "processo" foi indeferido. Ou seja, eles não arcariam com o quê estava escrito no contrato, que era me ressarcir dos custos extras que tive. Discuti com a atendente no telefone e tudo. Pensei em ir ao judiciário, mas só as custas do processo me custariam mais do que o valor que eles me deviam. Não sabia como resolver aquilo e ao mesmo tempo não queria deixar passar em branco.

Coincidências à parte (não acredito em coincidências), me ligou uma outra empresa querendo saber minha nota para o serviço prestado pela asseguradora. Aproveitei a oportunidade e esculachei. A pessoa, então, me passou o e-mail do vice-presidente da asseguradora. Ahhhhhh pra quê? Mandei um e-mail muito "educado", dizendo, entre outras coisas, que ia pra mídia contar o que havia acontecido e que eu faria de tudo pra fazer propaganda negativa deles (hoje em dia basta escrever pro O Globo que eles resolvem). Não deu nem 20 minutos pra um diretor da empresa me ligar, me pedir desculpas pelo "transtorno", pedir minha conta bancária e depositar o dinheiro. Ainda de sobre reclamei da atendente que foi muito grossa.

Aqui no Brasil, nossos direitos são constantemente desrespeitados e nada é feito. Vivemos num país anômico onde nada e ninguém são respeitados. Por isso, temos, sim, que colocar a "boca no mundo" quando algum direito nosso for desrespeitado. Para os que moram no Rio de Janeiro e tiverem dificuldade de resolver algum tipo de problema com alguma empresa, entre na página do O Globo e escreva pra seção da defesa do consumidor. ( www.oglobo.com.br ).

sexta-feira, 19 de setembro de 2008

Iphone 3G - II

Falando em iphone 3g, é um absurdo o preço que estão querendo cobrar aqui no Brasil. Já ouvi de diversas fontes que o aparelho não chegará aqui no país por menos de R$ 1.500,00 reais!!! Fazendo um cálculo rápido, diria que as operadoras (Vivo e Claro) estão colocando um lucro de mais de 200% em cima dos aparelhos, levando em conta o preço do dólar, o imposto de importação  e o preço do aparelho de 8GB nos EUA.

Infelizmente, lá nos EUA, você tem que assinar um contrato com a AT&T para usar o aparelho. Após a compra do aparelho, você tem 30 dias para habilitar junto à operadora, do contrário, tem que pagar o valor da habilitação. Se não fosse isso, compraria lá mesmo.

Enfim... não será agora que comprarei o iphone 3G com o preço que está (chegará), mesmo tendo me cadastro na VIVO e na Claro.

Iphone 3G

Eu e a torcida do Flamengo (salve Mengão!) nos inscrevemos na VIVO e na Claro para recebermos informações sobre o Iphone 3G e efetuar sua possível compra. Fiz a inscrição ha alguns dias e ontem me ligaram da Claro para complementar meu cadastro com alguns dados que faltavam. Pois bem. Passei os dados e, obviamente, fui transferido para um outro atendente para que ele pudesse me passar o número do protocolo (qual é a dificuldade dessa mesma atendente me passar o número do protocolo? O Tico e o Teco não se comunicaram? Brigaram? Estavam de mal?).

Um adendo: a atendente disse, expressamente, que aquele era um cadastro apenas e não resultaria na compra do aparelho, necessariamente. Era APENAS um cadastro e que se posteriormente eu não quisesse comprar o iphone, o aparelho seria passado para uma outra pessoa. Ok. Mais do que justo.

Voltando: esse outro atendente era, na melhor das hipóteses, uma topeira! Além do despreparo de lhe dar com o público, não fazia a menor idéia do que estava dizendo ao ler um "contratinho" pró-forma. O cara estava, literalmente, lendo um texto que ele tinha que dizer. Não teve, ao menos, o trabalho de decorar. E lia mal, diga-se de passagem. Enfim... bola pra frente. No final do texto dizia algo do tipo: "(...) o senhor autoriza o débito na sua conta corrente ou no cartão de crédito para a futura compra do iphone? Confirma?". Começa, então, um diálogo surreal:

- Como assim? Não. Não autorizo o débito, não. Primeiro que não me falaram sobre isso e depois que não passei nem o número do meu cartão e nem o número da minha conta pra vocês."
- Senhor, foi como eu falei antes...
- Não. Você não falou isso.
- Senhor, eu disse que em 60 dias "vão estar entrando" em contato com o senhor para efetuar a compra. (o cara, realmente, disse isso. MAS SÓ ISSO.)
- Isso você disse, mas não da parte do cartão e nem da conta bancaria.
- Senhor, como eu disse...
- Amigo, você não disse. Me dá logo o número do protocolor.

O cara me passou o número do protocolor e foi isso. Realmente não era motivo para eu "discutir" com ele por causa disso, mas eu ando tão de saco cheio desses atendentes, que qualquer coisa eu explodo.

Em todo caso, estou esperando o iphone chegar aqui no Brasil.

sexta-feira, 12 de setembro de 2008

Uma piadinha de BOM gosto.

Chegando perto das eleições uma piada corre a internet.
É o retrato fiel do que acontece. Divirtam-se:

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Um senador morre e, chegando ao Paraíso, encontra São Pedro.

"Bem-vindo", diz São Pedro. "Antes que você entre, é preciso passar um dia no Inferno e um dia no Paraíso. Aí então poderá escolher onde quer passar a eternidade".

"Não precisa, São Pedro. Quero ficar no Paraíso", diz o senador.

"Desculpe, mas o senhor primeiro deve cumprir a regra".

Assim, o santo o acompanha até o elevador e ele desce até o Inferno. A porta se abre e ele vê um lindo campo de golfe. Ao fundo, todos os seus amigos e outros políticos com os quais havia trabalhado, muito felizes em traje social, acompanhados de mulheres lindíssimas e simpáticas.

Ele é cumprimentado, abraçado e conversa com todos sobre os bons tempos em que ficaram ricos. Jogam uma partida descontraída e depois comem lagosta e caviar. Quem também está presente é o Diabo, um sujeiro muito agradável, que não parece tão feio como dizem, e que passa o tempo todo contando piadas. O senador se diverte tanto que nem se dá conta do adiantado da hora.

Todos se despedem com abraços e acenam enquanto o elevador sobe. São Pedro o recebe e diz:

"Agora voce deve visitar o Paraíso".

O senador então passa 24 horas junto a um grupo de almas contentes, de nuvem em nuvem, tocando harpa, conversando, cantando e ... trabalhando! Tudo vai muito bem e, antes que ele perceba, o dia também se acaba e São Pedro retorna.

"E então? Você passou um dia no Inferno e um dia no Paraíso. Agora escolha a sua casa eterna".

Ele pensa um minuto e responde:

"Olha, eu nunca poderia imaginar isso mas ... O Paraíso não é ruim, porém eu acho que vou ficar melhor no Inferno, com meus amigos".

São Pedro então o leva de volta ao elevador, que desce até as regiões infernais. A porta se abre e ele sente o calor assustador. Todos os seus amigos estão chorando e rangendo os dentes. O Diabo - agora horrendo - deixa de torturar um infeliz e vai ao seu encontro.

"Não estou entendendo", gagueja o senador. "Ontem mesmo eu estive aqui e havia um campo de golfe, mulheres, lagosta, caviar, e nós nos divertimos o tempo todo. Agora só vejo essa cena clássica de Dante e meus amigos despedaçados".

O diabo olha pra ele, sorri ironicamente, e diz:

"Ontem eu estava em campanha. Agora, já tenho o seu voto"

quinta-feira, 4 de setembro de 2008

E os trabalhadores autônomos, heim?

Acho engraçado como ha tanta gente que não quer nada com a hora do Brasil e outras que se acham muito espertas.

Até ha algum tempo atrás, para um técnico da Net ir até a sua casa, você tinha que esperar o dia todo por ele, pois limitavam-se a dizer que iriam à sua casa "no horário comercial". Hoje em dia já marcam 2 em 2 horas. Melhorou MUITO, diga-se de passagem. Pois bem. Liguei para Net e agendei entre 10 e meio dia pro dia seguinte. No dia seguinte, saí as 7 da manhã e cheguei em casa as 9:40, com o porteiro dizendo que o técnico da net havia estado lá. Ué! Mas como assim? Estava marcado entre 10 e meio dia! Já comecei a duvidar da minha memória: " Será que marquei entre 10 e meio dia mesmo?". As 10:10, o técnico retorna à minha casa e diante da minha pergunta; "Eu marquei entre 10 e meio dia mesmo não foi?" ele me veio com essa: "Sim senhor, é que cheguei mais cedo pra adiantar o serviço. Se o senhor estivesse em casa, melhor". Ora bolas! Se eu marquei entre 10 e meio dia, alguma razão haveria de ter!!! Simplesmente ignoram tudo e fazem o que querem.

Num outro caso fático, liguei para uma loja para trocarem o varal de roupa que havia quebrado. Havia marcado para uma quarta de manhã, isso foi numa segunda, pois a diarista estaria em casa. Na terça, as 17 horas, voltei em casa pra pegar algumas coisas e sair novamente. Enquanto estava procurando por elas, os caras do varal apareceram! Mal me cumprimentaram e já foram logo dizendo o que tiveram que fazer pra chegarem naquela hora marcada, porque o trânsito estava "assim", o trânsito estava "assado". Ou seja, o velho macete de falar muito e não deixar a outra pessoa raciocinar. Falei, então; 
- Amigo, eu marquei amanhã de manhã e não hoje.
- Amanhã? (lendo um papel) Mas aqui está marcado para hoje.
- Não marquei pra hoje, não. Marquei pra amanhã.
- Mas é rapidinho. Nem 10 minutos.
- Não dá amigo. Tá marcado pra amanhã. Já estou de saída.

Ou seja, que se danem os outros! Tem que ser na hora e no dia que eles querem! Tudo pra acelerarem o "serviço".

Outro.
A pia do meu banheiro estava pingando e falei com o porteiro para que se ele conhecesse algum bombeiro, pra me falar. Pois bem. No dia seguinte, ele me interfona dizendo que falou com um bombeiro amigo dele e que era muito bom. Estava, inclusive, sem trabalho naquela fase e poderia ir em casa quando eu quisesse. Ele me ligou e marquei para o dia seguinte dele vir aqui em casa. Bom, isso já faz mais de 2 meses. Ele foi na sua casa? Pois na minha ele não veio. Não veio, não ligou, não mandou recado pelo porteiro, NADA! Ainda perguntei ao porteiro o que tinha havido e ele simplesmente disse que "ele é assim mesmo". 
COMO assim mesmo???? O cara ta precisando de dinheiro, marca de vir, nem dá as caras e ele é assim mesmo???

ahahhahaah só rindo mesmo.

A verdade é que tem muito vagabundo que não quer nada com a vida, atrapalhando aqueles que querem.

quarta-feira, 3 de setembro de 2008

Cazuza...!

Quando o filme Cazuza foi lançado, lembro-me que um mundaréu de gente foi correndo ver. Inclusive eu. Saí do filme meio estranho, com uma sensação esquisita. Aliás, até hoje de manhã, não sabia o que eu havia sentido, de fato, após do filme, até que recebi esse e-mail:

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Esta psicóloga que assistiu o filme Cazuza escreveu o seguinte texto: 

"Fui ver o filme Cazuza há alguns dias e me depareicom uma coisa estarrecedora. As pessoas estão cultivando ídolos errados. Como podemos cultivar um ídolo como Cazuza? Concordo que suas letras são muito tocantes, mas reverenciar um marginal como ele, é, no mínimo, inadmissível. 

Marginal, sim, pois Cazuza foi uma pessoa que viveu à  margem da sociedade, pelo menos uma sociedade que tentamos construir (ao menos eu) com conceitos de certo e errado. No filme, vi um rapaz mimado, filhinho de papai que nunca precisou trabalhar para conseguir nada, já tinha tudo nas mãos. A mãe vivia para satisfazer as suas vontades e loucuras. O pai preferiu se afastar das suas responsabilidades e deixou a vida correr solta. 

São esses pais que devemos ter como exemplo? Cazuza só começou a gravar pois o pai era diretor de uma grande gravadora. Existem vários talentos que não são revelados por falta de oportunidade ou por não terem algum conhecido importante. Cazuza era um traficante, como sua mãe revela no livro, admitiu que ele trouxe drogas da Inglaterra, um verdadeiro criminoso. 

Concordo com o juiz Siro Darlan quando ele diz que a única diferença entre Cazuza e Fernandinho Beira-Mar é que um nasceu na zona sul e outro não.
 
Fiquei horrorizada com o culto que fizeram a esse rapaz, principalmente por minha filha adolescente ter visto o filme. Precisei conversar muito para que ela não começasse a pensar que usar drogas, participar de bacanais, beber até cair e outras coisas fossem certas, já que foi isso que o filme mostrou. Por que não são feitos filmes de pessoas realmente importantes que tenham algo de bom para essa juventude já tão transviada? Será que ser correto não dá Ibope, não rende bilheteria? Como ensina o comercial da Fiat, precisamos rever nossos conceitos, só assim teremos um mundo melhor.

Devo lembrar aos pais que a morte de Cazuza foi consequência da educação errônea a que foi submetido. Será que Cazuza teria morrido do mesmo jeito se tivesse tido pais que dissesem NÃO quando necessário?

Lembrem-se, dizer NÃO é a prova mais difícil de amor. Não deixem seus filhos à revelia para que não precisem se arrepender mais tarde... a principal função dos pais é educar. Não se preocupem em ser "amigo" de seus filhos. Eduque-os e mais tarde eles verão que você foi a pessoa que mais os amou e foi, é, e sempre será, o seu melhor amigo, pois amigo não diz SIM sempre." 

Karla Christine-Psicóloga Clínica

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Pois é... nem tanto ao céu, nem tanto à terra. Concordo, em partes, com essa psicóloga, pois Cazuza, como cantor, letrista, era sensacional. Fora de série. Não ha a menor dúvida disso.

Conheci Cazuza no Baixo Leblon (pra quem não conhece o Rio de Janeiro, o "baixo leblon" era (acho que ainda é) o point dos artistas, intelectuais e vagabundos de carteirinha. Onde eu me encaixava ai? Na época ainda escrevia roteiros de cinema e TV, portanto era um "artista" - rs.), jantando. Estávamos eu, uma ex-namorada e um amigo. Esse amigo nos apresentou à Cazuza, que sentou à nossa mesa e ficou lá até o restaurante fechar. Muito inteligente, safo, bem articulado, mas muito mandão, dono da verdade e extremamente desbocado. A impressão que tive era que ele não tinha limites para tentar conseguir o que desejava.

Nessa mesma noite, num dado momento, Cazuza esperou minha ex-namorada ir ao banheiro para falar diretamente pra mim: "Você é bi? Eu to muito afim de você!". Tomei um susto com aquela declaração. Meu amigo cutucou Cazuza e mesmo assim ele disse: "O que quê tem? É só uma pergunta." Passado o susto, repondi: "Não Cazuza. Não sou bi. Sou hétero.". Ele: "Que pena. Não quer nem experimentar?", eu:" Não. Gosto muito de mulher.". Após ter respondido de forma categórica, incisiva e o restaurante já fechando, Cazuza despediu-se, fazendo questão de pagar a contar. Foi a 1º e última vez que conversei com ele.

Concluindo, Cazuza me foi dismitificado naquela noite. Confesso que me decepcionei um pouco com a pessoa dele. Quando li esse relato dessa psicóloga, muita coisa "bateu" com que eu havia sentido quando fui ver o filme.

Eu só quero lembrar do Cazuza artista.

terça-feira, 2 de setembro de 2008

Melhor amigo do homem

Fala-se muito que o cachorro é o melhor amigo do homem, mas o gato também deveria receber esse título. Apesar deles serem ariscos, as vezes, e independentes, quando dão pra ser amigos, eles, REALMENTE, são amigos.

Lembro-me uma vez que cheguei em casa passando mal, por causa de um suco de laranja estragado, e fui direto pra quarto. Naquela época ainda morava com meus pais e eles tinham 5 gatos. No momento que entrei no quarto e deitei na cama, um dos cinco, Amonh, apareceu e deitou-se na porta, como se estivesse me protegendo. Passei dois dias me recuperando daquele maldito suco de laranja e por dois dias Amonh ficou na porta do meu quarto esperando eu melhorar. Só saía para comer, beber, fazer suas necessidades fisiológicas (até parece gente - hahahhaha) e voltava para a porta do meu quarto. Quando me recuperei, Amonh saiu da porta do quarto e voltou pro seu cantinho favorito da casa.

Além dos felinos serem amigos, eles pressentem as coisas. Até hoje, quando vou à casa de meus pais, antes de eu abrir a porta da casa, tem uma gatinha, Neném, que já está me esperando.

Sempre adorei gatos, cachorros, animais em geral, mas depois daquele dia, passei a olhá-los com outros olhos. Com mais carinho, com mais paciência.

Infelizmente Amonh, que eu adorava, morreu de velhice ano passado, 2007.

Amonh - In Memorium!