terça-feira, 30 de dezembro de 2008

Feliz 2009!!!

Acho que esse texto é o último do ano de 2008.

Aos leitores do meu blog, o meu muitíssimo obrigado pela paciência que tiveram com meus anseios de colocar pra fora tudo que me incomodou nesse tempo todo.

Um feliz 2009 pra todos vocês e que esse ano novo que vai entrar seja com mais amor, paz, saúde, alegria, amigo, família, trabalho, dinheiro.

Beijos e abraços e até ano que vem.


FELIZ 2009!!!

Gomorra

Dando um tempo nos estudos de direito, estou lendo um livro chamado Gomorra, do jornalista italiano Roberto Saviano. Ele se infiltrou na máfia napolitana e publicou este livro contando tudo: estrutura, os chefões, como agem, detalhes de suas vidas, de onde veem (tentando aplicar a nova regra ortográfica que começa a valer a partir do dia 1º de janeiro) e etc. Após a publicação de Gomorra, a máfia jurou que não descansa enquanto não matá-lo e por isso ele se esconde desde então.

Falei do livro para tentar traçar um rápido paralelo com o nosso "crime organizado", que de organizado não tem nada. É impressionte como os "nossos" traficantes são "pinto" perto das máfias italiana e chinesa e mesmo assim aterrorizam a nossa sociedade. Não gosto nem de pensar se os "nossos" traficantes fossem organizados como os da Itália e China.

Bom, deixa-me voltar ao livro.

quinta-feira, 25 de dezembro de 2008

Chico Xavier

Nasceste no lar que precisavas,
Vestiste o corpo físico que merecias,
Moras onde melhor Deus te proporcionou,
De acordo com teu adiantamento.
Possuis os recursos financeiros coerentes
Com as tuas necessidades, nem mais, nem menos, mas o justo para as tuas lutas terrenas.
Teu ambiente de trabalho é o que elegeste espontaneamente para a tua realização.
Teus parentes, amigos são as almas que atraíste, com tua própria afinidade.
Portanto, teu destino está constantemente sob teu controle.
Tu escolhes, recolhes, eleges, atrais, buscas, expulsas, modificas tudo aquilo que te rodeia a existência.
Teus pensamentos e vontade são a chave de teus atos e atitudes...
São as fontes de atração e repulsão na tua jornada vivência.
Não reclames nem te faças de vítima.
Antes de tudo, analisa e observa.
A mudança está em tuas mãos.
Reprograma tua meta,
Busca o bem e viverás melhor.
Embora ninguém possa voltar atrás e fazer um novo começo,
Qualquer Um pode Começar agora e fazer um Novo Fim.

CHICO XAVIER

segunda-feira, 22 de dezembro de 2008

Papel da mídia

Mas afinal, qual é o papel da mídia no Brasil?

Não ha a menor dúvida que os meios de comunicação são os principais responsáveis pela maioria das denúncias feitas, das descobertas de corrupção aqui no Brasil. É impensável imaginar um país como o nosso sem uma mídia ativa e independente como ela é. No mínimo, no mínimo, nosso país seria... não gosto de nem de pensar.

Mas essa mesma mídia que denuncia, torna bandidos em heróis. Vamos pegar o caso mais recente dessa pichadora de São Paulo. Bastou que ela saísse da cadeia para que fosse entrevistada pelo Fantástico. Ainda pior; um tempo enorme para uma rede de televisão e horário mais vistos no Brasil. Evidente que a marginal fez seu "marketing", dizendo que se considerava uma artista e o que ela estava fazendo não era crime e sim, ARTE e que só queria MOSTRAR SEU TRABALHO. Mas.... QUE TRABALHO????? A arte do crime????

Pergunto novamente: qual é o papel da mídia? Agora fiquei confuso, pois ha uma contradição ai. Será que é pelo simples fato de se ter um "furo" de reportagem que dão oportunidade a esse tipo de marginal? Será que é para ter uma reportagem exclusiva? Não acredito que uma Rede Globo não tenha assunto melhor para colocar num domingo a noite.

Não duvido nada que amanhã ou depois, outras pichadoras apareçam dizendo que se espelharam nela. A Rede Globo transformou, mais uma vez, uma marginal, uma fora-da-lei em herói nacional.

Parabéns.

sexta-feira, 19 de dezembro de 2008

Imigrante

Lendo o blog de duas jornalistas brasileiras que moram em Portugal, “Sob o céu de Lisboa”, me veio a cabeça meus tempos de “imigrante”. Esse era o tema do texto (http://oglobo.globo.com/blogs/portugal/post.asp?t=desabafo-de-imigrante-a-esperanca-sob-as-laranjeiras&cod_post=148189). No texto, uma delas desabafava, falando da vida dura de um imigrante.

Enquanto lia o texto, várias imagens da minha época de “imigrante”, foram trazidas do fundo do baú..., quer dizer, da minha mente. Morei alguns anos EUA e lá vivi muitos momentos legais, mas também tive experiências não tão agradáveis assim. Apesar de ter nascido no estado da Califórnia, mais precisamente em Stanford, eu sempre me senti um imigrante, um pássaro fora no ninho. Não pelo idioma, que sempre foi meu também, mas por ter vivido mais da metade da minha vida aqui no Brasil. Pesava, também, o fato de como as pessoas se relacionavam, que era de forma pouco calorosa, fria, calculista, comedida, mecânica. Enfim, a cultura e as pessoas eram alguns dos percalços que eu teria que enfrentar com o passar do tempo.

Tive vários momentos de solidão, porque as pessoas com quem eu SABIA que podia contar não estavam ao meu lado, caso eu precisasse. A relação entre as pessoas sempre foi muito fria, demorando uma eternidade para se fazer uma amizade, de se ir à casa de alguém. Havia sempre uma desconfiança muito grande e até que ela fosse quebrada, muito tempo já havia se passado e dai, era eu quem ficava com o "pé atrás". Aqui no Brasil é o oposto. Você conhece alguém hoje de manhã, de noite já está chamando pra sair. Não que aquilo seja melhor ou pior, mas era diferente e eu não estava acostumado.

No primeiro ano, morava com uma família americana e já no final de voltar ao Brasil (passei 3 semanas aqui e resolvi voltar pra lá, ficando ao todo 4 anos), marcava com um X num calendário que ficava atrás da porta do quarto, contando os dias que faltavam pra eu voltar. A solidão era capaz de tudo.

O sorriso sempre estampado no rosto, independente de qualquer coisa, o americano mostrava que o importante era sorrir, mesmo odiando o que estava fazendo ou estando ao lado de quem fosse. O negócio era sorrir.

Em suma, tive que me adaptar a uma nova cultura.

Lembro-me que quando estourou a guerra do Golf Pérsico pela primeira vez, em 1990, eu havia acabado de completar 18 anos e por ser americano, corria o risco de ser convocado para guerra. Vivia com o semblante fechado e preocupado. Até que, para aumentar ainda mais a minha preocupação, resolvi ir até os correios e me informar como os civis eram recrutados, notificados, caso fossem convocados. Fui informado que as forças armadas, caso precisassem de mim, me informariam pelos correios OU por telefone. Hahahhahaahah Não pensei duas vezes. Tirei o telefone do gancho e não pegava mais cartas (não existia internet naquela época). Convivi com essa maluquice por 3 meses até que resolvi voltar ao Brasil. Deixei para trás uma admissão na faculdade de economia em Maryland (economia!!! Essa foi, sem dúvida, a coisa mais sem nexo que já fiz, pois me atrapalho até com uma simples conta de 2+2) e outra de direito no Havaí (NUNCA iria me formar, pois viveria na praia).

Enfim, aprendi muitas coisas que até hoje trago comigo. Meus anos de “imigrante” terminaram, mas ainda lembro como foi difícil largar a pátria, a família, amigos, cultura, para se aventurar em outros mares. Uma experiência incrível que valeu cada lágrima derramada, cada soco nos sacos de boxe, cada esforço feito nos treinos de wrestling (luta-livre).

Hoje em dia minhas viagens são APENAS a passeio.

quarta-feira, 17 de dezembro de 2008

Que país é esse?

A capa do jornal O Globo de hoje traz uma matéria sobre o roubo de doações feitas para os desabrigados em Santa Catarina. Militares e civis estão envolvidos nesse furto.

Não sei o motivo de tanta surpresa por conta desse acontecimento, sinceramente. Num país onde a impunidade reina, onde quem vai preso é só ladrão de galinha, onde o povo quer levar vantagem em tudo, onde ha o jeitinho brasileiro, onde não ha respeito com as leis e nem com seus semelhantes, onde não ha ética, esperar o que dele????

A matéria fala em ética, mas o buraco é muito mais embaixo. É da natureza do sistema brasileiro querer levar vantagem em tudo, sempre pensar no indivíduo e jamais no coletivo. Juntando a impunidade, vira uma festa! Afinal, esse sistema corrupto propicia a não respeitar nada que não seja do interesse do INDIVÍDUO, ou seja, só o OUTRO que deve cumprir a lei, mas ele mesmo, não.

Não ha um comprometimento real com o que fazem; com seus trabalhos, com seu país, com as pessoas, com as causas defendidas. NADA. Num país onde nem a polícia respeita a lei, num país onde nem os juízes cumprem com a lei, num país em que políticos roubam descaradamente e na cara-de-pau dizem que são inocentes, esperar o que do povo???

A lei foi criada para ser temida, mas aqui no Brasil é motivo de piada, não tem força, é apenas uma brincadeira de "policia e ladrão". Ela serve para dar lucro as gráficas, que compilam um emaranhado de princípios, normas, lei e etc., num mesmo livro e chamam de Constituição Federal, código disso, código daquilo, decreto daqui, decreto lei de lá.

Enquanto não houver punição rigorosa desde o menor delito cometido até o crime hediondo, enquanto políticos continuarem com a farra do roubo, enquanto juizes continuarem a vender sentenças e sei lá mais o que, enquanto não fizerem uma modificação radical nas leis constitucionais e infra-constitucionais, enquanto a LEI não for cumprida, esse país será sempre o país da impunidade, onde tudo se pode e nada se reprime.

Como dizia Renato Russo (e a matéria também) QUE PAÍS É ESSE?

sábado, 13 de dezembro de 2008

Flamengo!!! SOU o 12º jogador!

Flamengo! EU SOU o 12º jogador!!!

"Eles não se sentam, não param de gritar. Eles não sossegam. Me perseguem, me sufocam, me habitam os pesadelos e me causam pânico. Quando eu olho para o outro lado é isso que eu sinto. Eles acreditam mais do que os outros. Mais do que eu e todos os outros juntos. Disso, meus caros, eu tenho que reconhecer, chega dá medo. Eles jogam com 12. E jogar com 12 deveria ser proibido.”

Declaração de um torcedor tricolor



sexta-feira, 12 de dezembro de 2008

Literalmente

Nas minhas 8 horas diárias de estudo, tiro um dia por semana para fazer provas. Para minha surpresa, depois de 3 anos, descobri que não sei fazer prova e isso se dá por um único motivo: respondo MAIS do que é "pedido" e por conseqüência, acabo me enrolando lá na frente ou parece, aos olhos do examinador, que estou tentando "enrolar".

Isso me fez lembrar de meus parentes nascidos em Trás-os-Montes, Portugal. Na primeira vez que que fui a Portugal, pensei que os portugueses estavam brincando comigo porque toda pergunta que eu fazia, eles me respondiam ao "pé da letra". Lembro-me quando estávamos (eu e minha esposa) no Porto, no meio da rua, morrendo de fome, que fiz a seguinte pergunta para a primeira pessoa que encontrei:
- O senhor sabe onde tem um restaurante italiano por aqui?
Eis que o senhor me respondeu:
- Sei. - Fiquei esperando que ele me dissesse onde era. Ele, por sua vez, ficou olhando pra mim esperando por mais alguma coisa. Repeti, então:
- O senhor sabe onde tem um restaurante italiano por aqui?
- Sei.
Como estava passeando num país deslumbrante, com um povo super amável, nem me esquentei com a sacanagem (que me parecia ser, até então) e disse finalmente:
- Então onde é que é?

Fui percebendo que não era sacanagem e sim respondiam dessa forma. Ou seja, respondiam exatamente o que você perguntava. Nem mais, nem menos.

Nos concursos são assim também. Deve ser respondido exatamente como foi perguntando. Nem mais, nem menos, principalmente quando se trata de uma prova com 50 questões discursivas com duração de 4 horas.

Mas... estou aprendendo com os portugueses. Apesar de não ter conhecido bem meus bisavós portugueses (quando eles morreram eu ainda era muito pequeno) estou em contato direto com o familiares da minha esposa, que são "tudo de bom".

Aninha!!!! Cadê você???

Absurdo VS Surpresa agradável

Nem vou comentar esse absurdo que o júri (soberano nesse caso) cometeu, mas quero ressaltar a PRESENÇA dos defensores dos direitos humanos, PROTESTANDO o resultado do julgamento! Uau! Será que é o início de uma nova era?

sábado, 6 de dezembro de 2008

O que falta para o Brasil?

Mas afinal... o que falta para o Brasil sair dessa lama de corrupção e impunidade?

Ha tempos que me faço essa mesma pergunta e sempre chego à mesma conclusão. NÃO SEI!
Mas ha certas coisas que são fáceis de saber, pois não precisa ser nenhum experto no assunto para descobrir. São "pequenas" pendengas infracitadas.

Posso citar aqui o ego das nossas (des)autoridades. Sejam elas quais forem: do executivo, legislativo ou do judiciário. Eles NUNCA têm culpa e a responsabilidade é SEMPRE do outro. Um exemplo público e notório é o do nosso Ministro, presidente do Supremo, que não ADMITE qualquer tipo de crítica ou que "desobedeçam" uma ordem sua. Trocando em miúdos uma frase que ouve-se muito nos escritórios de advocacia (mormente) e nos tribunais da vida:

Juízes ACHAM que são Deus. Desembargadores TÊM certeza.

ENTÃO, quem se atreve a desobedecer DEUS? Acertou que disse o juiz federal, da 3º região - SP, Fausto de Sanctis! Sou fã dele, pois além de concordar com sua fundamentação (no caso do Daniel Dantas, exemplificando), ele rebate as críticas à altura e desafia quem for por acreditar que suas decisões estão certas. E ESTÃO.

O sentimentalismo barato. Ou seja, ficar com pena de penalizar um fora-da-lei. Ontem, voltando do centro da cidade do Rio de Janeiro, de metrô, ouvi um diálogo surreal entre duas mulheres de seus 40 e poucos anos de idade em que se resume nas seguintes falas:

- Que absurdo um menino de 18 anos ficar preso tanto tempo assim! - disse uma das mulheres.
- Ele só estava roubando pra comprar comida pra família. Quem ele roubou tinha trabalho e dinheiro. Os pais dele estão desempregados e ninguém faz nada!
- E agora? O que vai ser desse menino?

Sem comentários.

O corporativismo. É algo deprimente. É a escória da escória. O "jeitinho brasileiro" que tantos os brasileiros se orgulham de ter. Tem sempre que se dar bem em tudo. Ou seja, os OUTROS é que devem cumprir com a lei. Ele mesmo, NUNCA. A falta de rigor das (des)autoridades no cumprimento de seus deveres. O descompromisso com o trabalho.

Ha tantos outros, que se eu fosse citar todos eles, o meu espaço no blogger.com se esgotaria.

Pra fechar o círculo, acabei de receber uma NOTIFICAÇÃO DE AUTUAÇÃO de uma infração de trânsito cometida por aqueles filhos da puta que nos roubaram. Agora terei mais um trabalho: PROVAR que quem estava dirigindo o carro era um filho da puta, menor de idade, que a lei protege com unhas e dentes.

SALVE A IMPUNIDADE! SALVE A ANOMIA! SALVE O BRASIL (esse vai ser difícil)!

segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

Integridade física do bandido??? Pra quê?

Já está mais do que na hora de darmos atenção às vítimas e às famílias das vítimas que sofrem/sofreram violência por parte de bandidos. Preocupa-se muito com a integridade física e psicológica do bandido e esquecem de se preocupar com quem REALMENTE deveria ter essa atenção, que são as vítimas ou no caso de morte, a família das vítimas.

É incrível como só aqui no Brasil ha uma preocupação exacerbada com a "integridade" física e psicológica do bandido!!!! Nosso código penal parte do princípio que todo mundo é inocente ATÉ que prove ao contrário. Mas essa presunção de inocência é só no texto da lei, porque na prática a coisa é bem diferente com... os trabalhadores, as pessoas que levantam cedo, passam o dia todo trabalhando e chegam em casa de noite, prontos pra irem pra cama novamente.

Agora, se não for dessa forma (aplicar o princípio da presunção de inocência) com os bandidos, grupos de direitos humanos vão à justiça, à TV e sei lá mais onde pra denunciar maus tratos a esses filhos da puta! Alegam falta de dignidade humana no tratamento.

MAS...

... falta de dignidade humana é ver gente nas ruas catando latinha nos NOSSOS lixos pra sobreviverem. É falta de dignidade humana pessoas não terem onde morar e dormirem nas ruas (coisa que está previsto no texto constitucional que é dever do Estado prover). É falta de dignidade humana pessoas abrirem o nosso lixo pra ver se RESTOU algo pra eles comerem. ISSO SIM, é falta de dignidade humana e não se preocupar com a integridade física e psicológica desses bandidos filhos da puta.

Querem se preocupar com alguma coisa? Preocupem-se com essas pessoas que vivem nas ruas. Dê assistência, comida, trabalho.

Está tudo errado.

Piazza San Marco

Olhe essa foto!!!
Só em pensar que estive nessa mesma praça (Piazza San Marco) ano passado, me dá tristeza em vê-la dessa forma. Quando estive lá, coincidentemente, algumas pessoas estavam comentando exatamente isso: que em poucas décadas Veneza (não a Mestra) estaria debaixo d'água.
É uma pena, pois é algo surreal de lindo.


Fonte: O Globo Online