sexta-feira, 12 de dezembro de 2008

Literalmente

Nas minhas 8 horas diárias de estudo, tiro um dia por semana para fazer provas. Para minha surpresa, depois de 3 anos, descobri que não sei fazer prova e isso se dá por um único motivo: respondo MAIS do que é "pedido" e por conseqüência, acabo me enrolando lá na frente ou parece, aos olhos do examinador, que estou tentando "enrolar".

Isso me fez lembrar de meus parentes nascidos em Trás-os-Montes, Portugal. Na primeira vez que que fui a Portugal, pensei que os portugueses estavam brincando comigo porque toda pergunta que eu fazia, eles me respondiam ao "pé da letra". Lembro-me quando estávamos (eu e minha esposa) no Porto, no meio da rua, morrendo de fome, que fiz a seguinte pergunta para a primeira pessoa que encontrei:
- O senhor sabe onde tem um restaurante italiano por aqui?
Eis que o senhor me respondeu:
- Sei. - Fiquei esperando que ele me dissesse onde era. Ele, por sua vez, ficou olhando pra mim esperando por mais alguma coisa. Repeti, então:
- O senhor sabe onde tem um restaurante italiano por aqui?
- Sei.
Como estava passeando num país deslumbrante, com um povo super amável, nem me esquentei com a sacanagem (que me parecia ser, até então) e disse finalmente:
- Então onde é que é?

Fui percebendo que não era sacanagem e sim respondiam dessa forma. Ou seja, respondiam exatamente o que você perguntava. Nem mais, nem menos.

Nos concursos são assim também. Deve ser respondido exatamente como foi perguntando. Nem mais, nem menos, principalmente quando se trata de uma prova com 50 questões discursivas com duração de 4 horas.

Mas... estou aprendendo com os portugueses. Apesar de não ter conhecido bem meus bisavós portugueses (quando eles morreram eu ainda era muito pequeno) estou em contato direto com o familiares da minha esposa, que são "tudo de bom".

Aninha!!!! Cadê você???

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