terça-feira, 13 de dezembro de 2005

A tal da amizade.

Sou um cara que conhece Deus e mundo. Por onde passo, encontro gente. Saio do Rio, encontro gente. Saio do país, encontro gente. Até nos lugares mais inusitados, encontro gente. Faço amizade muito rápido. Sou um cara comunicativo.

Já amigos, eu conto nas falanges do meu dedo mindinho. Com todo mundo é assim, mas pra quem faz amizades tão facilmente deveria ter mais amigos, não acha?

Fui notando com o passar dos anos, que foi diminuindo, drasticamente, a quantidade de amigos que tinha. Restaram três e fiz mais outra grande amizade. Três da velha guarda e um da nova geração. São amigos do peito, de coração, que posso contar a qualquer hora. Dois moram fora do pais e os outros dois aqui no Rio. Isso é triste, pois mostra que cultivar amizades, hoje em dia, virou "demodê". Todo mundo quer passar por cima de todo mundo e os valores morais que se fodam. O importante é se dar bem. Depois que consegue o que pretende, cai fora. Isso é mais triste ainda, porque neles foram depositados confiança, esperança, alegria e a tal da amizade.

O tempo é sublime, mas as vezes te passa uma rasteira e você cai sentado no chão sem o seu norte. Olha ao seu redor e fica se perguntando da onde veio aquela rasteira. Como uma amizade daquelas foi terminar assim tão de repente. Amigo não é pra se guardar, a sete chaves, dentro do peito? O que houve, então?
Depois de anos, acho que encontrei a resposta e ela é simples. Não eram meus amigos. Eram "colegas" (não gosto dessa palavra, mas foi a única que achei :) ) de interesse, de momento, de passagem. Mesmo que essa amizade tivesse durado anos, como uma que tive. Se foram. Eu não tenho mais o que eles queriam de mim. Agora é tempo deles buscarem em outras pessoas.

Hoje, não creio que faça mais amigos de verdade. Se mantiver esses que tenho, já está de muito bom tamanho.

Tento seguir o que Albert Einstein custava dizer: "Prefiro ser um otimista e estar errado do que um pessimista e estar certo".

Mas tá difícil...

2 comentários:

Anônimo disse...

Esse lance de amizade é mesmo muito delicado. E acho que, em parte, porque banalizamos a palavra AMIZADE e seu significado. Ao longo da vida, é natural que a gente vá se interessando por outros temas, outras pessoas, tenha objetivos que nos distanciem eventualmente de quem gostamos, mas um amigo sempre estará lá pra gente.. Pra dar bronca, chorar junto, rir junto, nos incentivar, ouvir... O sentimento da 'amizade' é ainda maior que o do amor, é um derivado de amor, que deveria ser pra toda vida, independente de qualquer coisa... É o sentimento mais desprovido de interesse que existe: não é sexual, não é financeiro nem profissional. Não deveria ser... Pelo menos é assim que penso. Só que as pessoas chamam "todo mundo" de amigo, se consideram amigos sendo apenas conhecidos... às vezes, nós mesmos os consideramos mais fiéis do que realmente pretendem ser. Ou conseguem ser. E aí que vem a desilusão! Pense sempre que é uma dádiva termos amigos (ainda que poucos) e saber distingui-los!!

Anônimo disse...

Sim, Guilherme, você está certíssimo! Hoje em dia, amizade é pra ser lembrada e não pra ser vivida, infelizmente...

Mas saiba que, diante dessa triste realidade, tenho a alegria de ter amigos - poucos, sim - tão bacanas, que me pergunto: as amizades terminam porquê? Simples: porque, em hipótese alguma, eram amizades, mas sim, troca de interesses em comum.

Amizades verdadeiras são eternas, o resto é temporário!

Grande abraço do seu amigo ( espero ser um dos que citou ),

Edu

OBS = Desculpe a pretensão, ok?