sexta-feira, 7 de março de 2008

Mui amigo!

'Me senti como se fosse bandida', conta brasileira deportada"

fonte: G1 07/03/08

Esses maus tratos que acontecem com o brasileiro mundo a fora não são de agora, já faz algum tempo. Nada justifica os maus tratos que esses brasileiros sofreram, mas a causa da deportação é subjetiva e portanto, até um certo ponto, questionável, apesar de não podermos fazer nada, pois trata-se d e de uma questão de soberania de cada país. Alguns vão dizer;"O brasileiro tem a fama de entrar ilegalmente nos países para os quais querem residir. Daí vem esses maus tratos e deportações". Concordo, mas não podemos esquecer que o nosso país já foi a "terra das oportunidades" pro mundo no começo do século passado. (Hoje em dia continua sendo pra muitos, especialmente aqui na América Latina). Tanto que chegaram japoneses, italianos, ESPANHÓIS, portugueses, alemães, belgas, russos e assim vai. Pergunta-se: Eles entraram no país legalmente? CLARO QUE NÃO! Chegavam todos de navio na clandestinidade.

O que está acontecendo hoje é o inverso daqueles tempos. O brasileiro está migrando, muitos de forma ilegal, de volta às suas origens. No caso desses 30 brasileiros deportados dessa vez, eles foram à Espanha para fins acadêmicos. Documentos nas mãos, dinheiro, hospedagem e etc.

O Brasil é uma mistura de raças enorme. Só na minha família ha americanos, alemães, portugueses, espanhóis, belgas, italianos.

O Brasil tem um pouco de culpa por ser muito flexível em suas leis, de um modo geral. Na minha última viagem pra fora do país, na volta ao Brasil, estava na fila da alfandega e ao lado a fila para os não-brasileiros. Ouvi o policial federal perguntar à um espanhol (a conversa toda!):

- Você vai pra onde? (perguntou o policial)
- Vou para um congresso. - respondeu o espanhol
- Qual sua profissão?
- Médico. É um congresso de medicina.
- Vai ficar até quando?
- Até domingo agora. (ele ficaria 4 dias aqui no Rio de Janeiro, já que era uma quarta-feira).

O policial entregou o passaporte SEM conferir se essa história de "congresso" era verdadeira e o espanhol foi embora. Esse foi o diálogo IPISIS LITERIS. Enquanto que da primeira vez que fui a Portugal (ainda não tenho o passaporte português), estava no final da fila de umas 20 pessoas e o policial olhou pra mim lá no final da fia e me chamou. O cara me fez um milhão de perguntas. Fiquei uns 30 minutos respondendo perguntas do tipo: "Você tem trabalho fixo ha quanto tempo no Brasil?", "Já morou em outros países?".

No caso dos portugueses, por um lado eles estão certos e nós os errados de "abrirmos a perna" na hora da entrada no país. Por um outro lado, sentimento meu, vejo esse tratamento com os Brasileiros como uma ingratidão, pois não só os portugueses, mas estrangeiros de todas as nacionalidades são SEMPRE muito bem-vindos ao nosso país. Sei que é uma questão de soberania. Não podemos fazer nada a respeito, juridicamente, apenas tratá-los com "reciprocidade", como o governo brasileiro está pensando em fazer (diga-se de passagem, uma grande atitude do nosso governo. APOIADO.).

Cenas a seguir...

Nenhum comentário: