segunda-feira, 25 de maio de 2009

Exército acima da lei?????

Domingo, dia 24/05/09, por volta das 16 horas, estava andando pelo bairro da Urca, fazendo um vídeo para mandar à uma prima portuguesa de minha esposa. Quando cheguei em frente ao Forte São João, para filmar a entrada, um soldado, de longe, acenou para mim, gesticulando que eu não poderia filmar. Sem dar muita atenção, continuei filmando. Novamente ele acenou e eu disse, em alto e bom tom, que ele não poderia me impedir de filmar, pois estava do lado de fora do forte, numa área comum a todos. Continuei filmando.

Assim que terminei de filmar o que queria, um soldado saiu de dentro do forte e veio em minha direção, dizendo que eu não poderia fazer as filmagens da entrada do forte por motivos de SEGURANÇA!!! Expliquei a ele que por eu estar do lado de fora do forte, não precisaria pedir autorização ao Exército e tampouco ele poderia me impedir de filmar, pois a lei me amparava.

Gastei meu latim à toa, pois o soldado só repetia, como um robô, que ele cumpria ordens. Perguntei de "onde vinham" "aquelas" ordens absurdas que passavam por cima da lei. Ele não me respondeu, apenas disse, novamente, que estava cumprindo ordens. Virei as costas, dei mais uns 10 passos, filmei mais um pouco e fui embora. Resumindo, FAZ-DE-CONTAS. Para inglês ver.

Ou seja, o Exército edita suas próprias leis, passando por cima da Constituição e de leis infraconstitucionais? É isso que entendi? Quem são essas pessoas MUITO despreparadas que dão um ordem dessas? Será que não existe um corpo jurídico auxiliando "aqueles" que ditam as ordens?

O Exército é uma fábrica de fazer robôs humanos. Soldados não são ensinados a pensar, e sim, são inseridos chips com as informações desejadas no cérebro de cada um deles e é assim que deve ser. É típico do país onde vivemos. Típico dos nossos governantes, que querem a ignorância do povo para não serem incomodados nas suas roubalheiras. O Estado gastaria muito menos comprando robôs, assim não gastariam com alimentação, roupa, alojamento e etc.

Quanto à "segurança"..., eu só tenho que rir, pois quem conhece o Forte São João na Urca, sabe que a entrada fica a menos de 100 metros de um bar que lota todos os dias, sabe que dando uns 15 passos, desemboca em um predio residencial habitado, segundo que me consta, por, na sua maioria, CIVIS!!! Sabe que ao lado desse prédio existe uma casa habitada por CIVIS. Sabe também, que segurança é a última coisa que eles têm ali. Basta subir num desses predios e filmar. Garanto que as filmagens sairão MUITO melhores que as minhas, com muito mais detalhes.

Só consigo vislumbrar uma conclusão. É falta do que fazer. Eles passam o dia todo sem fazer nada, ficando entediados, obviamente. Quando encontram alguma situação em que eles possam exercer o poder que o Exército lhes dá, fazem até com um poste... quer dizer acionam o chip.

3 comentários:

Anônimo disse...

"hehe, interessante sua análise, também não vejo nada demais fazer imagens do forte, porém, por questão de segurança, deve ser lei interna,para que realmente proibem a gravação do mesmo.O exército não está acima da lei, mas vale a ressalva que esse órgão da defesa brasileira, há leis específicas para eles...por exemplo, voce sabia que se as forças armadas, o exército em discussão, podem matar quem quiser?é exatamente...o soldado é treinado pra alvejar qualquer um que ponha risco a nação ou sua equipe, ao contrario da policia, que tem a instrução de prender e levar o réu a julgamento.Sabe quem me disse isso?Um policial, e um soldado.Se eles quiserem ,eles podem sentar a mão na cara de um policial, pra voce ter uma idéia...porque a lei deles é militar, eles tem um tribunal interno militar, ali é decidido tudo, o exercito é superior a essas entidades.saca?"

Guilherme Faro disse...

Olá anônimo.
Obrigado por ter visitado o blog.
Seria assim, se estivéssemos em guerra, que não é o caso. Quando ha uma guerra, até pena de morte é aceita aqui no Brasil. Mas em tempos de paz não é bem assim que as coisas funcionam. O Exército não pode fazer o que bem entender. Do contrário aqueles três soldados que entregaram 2 garotos aos traficantes (eles alegaram que os meninos ofereceram risco para eles) não iriam a julgamento. Dependendo do caso concreto, o soldado é julgado pela justiça como ou federal e não militar.

abraços

Anônimo disse...

Caro Guilherme Faro, você poderia responder a minha publicação feita em "terça-feira, maio 13, 2014 2:54:00 AM"? Desde já lhe agradeço.

Abraços