quarta-feira, 25 de abril de 2007

Êta povinho...

Cada país tem os governantes que merece. Essa frase está mais do que batida. Todos falam isso, no automático, sem pensar na sua real acepção. Mas de fato, temos o que merecemos.

Essa semana estava esperando um amigo em frente a um ponto de ônibus, quando vi um sujeito baixo, de cabelos cumpridos, de andar meio desajeitado, com seus 45 anos, acenando para diversos ônibus, um atrás do outro. Ele sempre falava alguma coisa ao motorista e não embarcava. Depois ficava resmungando de um lado para o outro, até que o ônibus seguinte viesse. Como meu amigo estava demorando, resolvi plantar-me ao lado do cidadão para saber o que ele dizia. Bom, o momento chegou. O ônibus veio e esse cidadão perguntou ao motorista se ele poderia dar uma carona até a Lapa (eu estava na Gávea - para os que não são do Rio de Janeiro, a distância, em tempo, da Gávea até a Lapa de ônibus é de mais ou menos 1 hora) e o motorista dizia que ele tinha que pagar a passagem. O homem, então, xingava o motorista e ficava resmungando, dizendo que não existia mais "cidadania(!?)" e que não queria pagar a passagem. O sujeito não aparentava ser um pé rapado.

Agora, veja você... o sujeito pede uma "carona", ou seja, não quer pagar pela passagem, e ainda xinga o motorista. Esse é o nosso povo que adora sombra e água fresca e detesta trabalhar. Todo mundo quer enriquecer rápido, mas ninguém quer meter a mão na massa, dá duro. Só faz reclamar e ponto final. É capaz de organizar-se para fazer protesto contra a vinda do presidente Bush ao Brasil, mas coloca no poder Maluf, Color, Clodovil... . Reclama que não tem trabalho e quando arranja, quer trabalhar de 9 as 15 e ainda trabalha de mal humor.

"O sucesso é pura sorte, pergunte aos fracassados".

Se você ler a biografia desses grande empreendedores, a última coisa que eles falam é o fator sorte. TODOS, sem exceção, falam em trabalho, trabalho e mais trabalho. Lá no final é mencionada um pouco de sorte.

Bom, é isso.

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