quarta-feira, 11 de abril de 2007

A tal da amizade!

Reza o ditado que os amigos são a família que nós escolhemos. Verdade. Mas como todo relacionamento, uma das partes sempre cede mais que a outra. Incluo-me na parte que cede mais. SEMPRE cedi mais, seja na relação de amizade, seja na da profissional ou na da amorosa. SEMPRE. Não sei por quê. Talvez porque seja que tudo que faço, faço por prazer, com prazer, por amor, com amor, porque é uma benção, uma alegria e não um compromisso, em que as partes celebram um contrato com direitos e obrigações.

Sinceramente, estou cansando de ceder mais que a outra parte.

Tenho um amigo que cresceu comigo. Vivíamos saindo pra "noite". Fazíamos uma dupla de terror nas boates com as "meninas". Com o tempo ele se afastou sem aparente razão e, que até hoje não sei o motivo, casou e já tem alguns anos que nos falamos esporadicamente, ou seja, uma vez por ano, quando muito.

Na profissão, a mesma coisa. SEMPRE cedendo mais que a(s) outra(s) parte(s). Era eu quem abria mão de meus prazers pra "ajudar" o outro a ter "seu prazer". Mas aquilo não me incomodava, uma vez que penso que vivemos numa sociedade e devemos ajudar uns aos outros da melhor maneira possível. Um dia você está no alto da cangorra e no outro dia, em embaixo.

Com minhas ex-namoradas, a cessão era ainda maior! Ma fazia por amor e com amor.

Mas sabe de uma coisa? Estou cansado de tanto ceder e pouco receber. Dei muito e pouco recebi nesses relacionamentos ao longo da minha vida. Ainda mantenho amizades antigas, mas tem que haver uma reciprocidade numa proporção equivalente, do contrário, "pego meu banquinho e saio de fininho".

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