terça-feira, 14 de outubro de 2008

Votarei em Fernando GABEIRA!

Já havia votado no Gabeira no primeiro turno e não mudaria meu voto no segundo, por tudo que já fez (e ainda faz) e representou para a política.

Transcrevo os e-mails que recebi.

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Sete motivos para você NÃO votar em Eduardo Paes:

1 - Ele vai aplicar a política de Segregação Social na áreas valorizadas.

Como sub-prefeito da Barra e Jacarepaguá e como Secretário de Meio Ambiente promoveu a perseguição e a remoção de Comunidades pobres para abrir caminho para a especulação imobiliária.

Exemplo Prático: Barra da Tijuca, orla da lagoa da Barra. Removeu a Comunidade oriunda de pescadores ( ele mesmo dirigiu um trator ) para fazer uma área de preservação ambiental. Resultado. Retirou os pobres e no local surgiu o Shopping Barra Point e a sede da Unimed. Seu lema devia ser: 'Preservar para as Elites'.

2 . Ele vai mudar o discurso quando alcançar o poder. Vai trair o eleitor.

Mudou de partido seis vezes. A última as vésperas da eleição. Traiu os amigos. Exemplo prático: Em 14 anos de vida política é a sexta troca de partido. Em 1993, ainda subprefeito da Barra da Tijuca, era filiado ao PV, em 1996 foi para o PFL onde se elegeu vereador e deputado federal, em 1999 se filiou ao PTB, em 2001 volta ao PFL, em 2003 vai para o PSDB, por onde se candidata a governador e agora, 2007, vai para o PMDB.

3. Ele é o candidato da especulação imobiliária.

Quem sabe por isso sua campanha já tem cinco vezes o custo de todas as demais campanhas?

Exemplo prático: No PMDB queria vender o quartel da PM do Leblon. Queria vender o parquinho da Cedae do Posto 6. Queria vender a delegacia do Leblon. E outras mais. A Prefeitura bloqueou tudo. Agora o que ele quer é acabar com as APACs e escancarar as portas à especulação imobiliária em toda a Zona Sul. Mas ele tem antecedentes. Aplicou o 'cone de sombras sobre as praias' e gerou uma estranha troca em São Conrado.

4. Ele apoia e é apoiado pelas milícias.

A identificação com os políticos ligados as milícias é flagrante.

Exemplo Prático : Disse, no RJ TV, que as milícias levaram a paz a segurança as Comunidades de Jacarepaguá. É só checar no You Tube. Por 'coincidência' todas as áreas de milicianos estão fechadas com ele. Na Favela do Gouveia, em Paciência, o centro social do vereador Jerônimo Guimarães Filho (Jerominho) montou tendas para oferecer serviços gratuitos como escovação de dentes e aplicação de flúor, verificação de pressão arterial, manicure e até emissão de carteira de identidade com funcionários cedidos pelo Detran. Segundo moradores, junto com as tendas para a prestação dos serviços, chegaram à favela cerca de cinqüenta homens em um caminhão. Eles colocavam placas de CARMINHA Jerominho e do candidato a prefeito EDUARDO PAES nas casas.

5. Ele discrimina e desdenha das minorias e dos movimentos sociais. Está sendo processado pelos índios por ofensa moral. Não compareceu a nenhuma convocação para debate com os Movimentos Sociais.

Exemplo Prático: Quando secretário de Esportes do Rio, Eduardo Paes, desdenhou das aspirações indígenas, quanto ao prédio do antigo museu do índio, ocupado pelos Tamoios, que querem ali estabelecer um Centro de Referência da Cultura Indígena. Prevendo ali um estacionamento disse:'Gostaríamos muito de ter a área para que o terreno fosse agregado à área do Maracanã'. O Instituto Tamoio está na Justiça contra uma declaração ofensiva do secretário desqualificando o movimento. Veja no site do Tamoio.

6. É oportunista. Posiciona-se sempre ao lado dos que, momentaneamente, estão em vantagem. Não respeita princípios éticos, acordos, nem linha de conduta. Não tem ideologia, nem coerência política.  Exemplo Prático : Perseguiu incansavelmente o Presidente Lula, o chamou de ladrão e "chefe de quadrilha", na CPI dos Correios. Tudo em rede nacional de TV e nos jornais. Agora tenta pegar carona na popularidade do Presidente.

7. Ele usa a Máquina Pública para benefício eleitoreiro.

Ele é acusado de Improbidade Administrativa, compra de votos e obras públicas em praça fantasma. Além de gravar programa eleitoral dentro de uma UPA o que é proibido por lei.  Exemplo Prático: A juíza da 8ª Vara de Fazenda Pública, Alessandra Cristina Tufvesson Peixoto, mandou notificar Eduardo Paes.  O MP descobriu que a licitação da Fundação Parques e Jardins, vinculada à Secretaria de Meio Ambiente, dizia que seriam realizadas 'obras de melhorias e tratamento paisagístico na praça situada na Avenida Marechal Rondon com Rua Nazário', na Zona Norte.  Ao visitar o local, a perícia do MP constatou que não existe qualquer praça. As melhorias foram feitas, na verdade, dentro do Conjunto Bairro Novo, que tem uma das entradas pela Rua Nazário. A área é propriedade privada e tem guaritas para o controle de entrada e saída de pessoas e veículos.  Para o MP, o trabalho visou a benefício eleitoral. Depoimento de um uma testemunha e panfletos apreendidos pelos promotores indicam que Eduardo Paes e o servidor público Nelson Curvelano estiveram no condomínio e prometeram aos moradores que fariam melhorias na praça. Naquele ano, Paes foi candidato a deputado federal. Curvelano concorreu para deputado estadual, mas não foi eleito. O panfleto, com fotos e o número de campanha de Paes e Curvelano, dizia que 'as obras da quadra e da área de lazer estão sendo realizadas (...).

Vamos juntos, agora no dia 26, eleger quem realmente se comprometeu e faz.

Segundo os promotores, 'eles (Paes e Curvelano) induziram os agentes
públicos competentes para a prática de ato de improbidade e dele se
beneficiaram indiretamente, com nítido propósito eleitoreiro'.

Esse é o Prefeito que o Rio precisa?
Por amor ao Rio.
Eu não voto em Eduardo Paes.
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O Globo Online - Blog de Cora Rónai
http://www.flickr.com/photos/cronai/2932430716/

Até a semana passada, eu não sabia quem era Eduardo  Paes. 

Sim, como todo mundo, eu também acompanhei a CPI, e também vi o  seu desempenho, que então me pareceu digno e correto. Conheço os seus dados  biográficos, embora tenha sido poupada do horário eleitoral gratuito -- mas  duvido que a TV me desse maiores informações sobre o que, a meu ver, conta de  verdade.

O caráter do candidato.

Agora, porém, depois do pedido  de desculpas ao presidente e aos seus familiares, eu sei exatamente quem ele  é: um político típico, antigo, sem espinha dorsal, daqueles que faz qualquer negócio por um cargo, inclusive passar por cima da própria  consciência.

Não que eu não acredite que as pessoas não devam pedir  desculpas. Pelo contrário; saber pedir desculpas é uma qualidade de grande  nobreza.

Mas há desculpas e há desculpas. 

A gente pede  desculpas por eventualmente emitir um conceito que magoa, por perder a cabeça  no calor de uma briga e dizer algo que não devia, por fazer do outro uma idéia  que não corresponde à realidade.

Mas a gente não pede desculpas a um  chefe de quadrilha por apontá-lo pelo que ele é, chefe de quadrilha; nem pede  desculpas a uma mãe por duvidar da honestidade de um filho seu de 30 anos que,  de biólogo mal remunerado, passou a gênio de tecnologia e fazendeiro  milionário no curto espaço de uma presidência. 

Não, pelo menos, sem  ter em mãos uma prova concreta, cabal, de que tudo não passou de um gigantesco  mal entendido.

Nesse caso, se Eduardo Paes tem em mãos essa prova,  deveria apresentá-la, urgentemente, ao Congresso e à imprensa. Até porque, se  tal prova existe, tudo o que sabemos da História recente do país está errado,  e muda radicalmente.

Até segunda ordem, contudo, os fatos permanecem os  seguintes: do momento em que Eduardo Paes fez as denúncias na CPI até hoje,  nada de novo veio à luz para esclarecer as relações do presidente com os  criminosos do mensalão, ou para justificar o súbito enriquecimento de  Lulinha.

Do jeito que as coisas estavam, assim continuam. Apenas o  escândalo, suplantado por outros escândalos, saiu das  manchetes.

Pergunto, então: quando é que Eduardo Paes estava enganando  a gente? Na época da CPI, fingindo uma indignação que não tinha, ou agora,  oferecendo desculpas falsas e subservientes em troca do apoio do  PT?

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