quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

Sentimentalismo II

Volto à questão do sentimentalismo barato que nós, brasileiros, temos.

Hoje fui assistir à uma audiência a qual um amigo era o procurador (promotor de justiça na área federal). Ou seja, ele estava contra a ré. A ré era de um país da África que não falava português. Havia um intérprete que traduzia o que era dito.

O juiz a sentenciou a 5 ano de reclusão (prisão), por tráfico internacional de drogas.

Acabando a audiência, conversei um pouco com esse amigo e fui embora. Passando pelas escadas da justiça federal, vejo o secretário de gabinete do juiz, que a condenou, ABRAÇANDO a condenada, consolando e dizendo num inglês macarrônico para ela não se preocupar que havia recurso.

Em princípio, não tive nenhum sentimento em relação aquela cena, causando-me, apenas, um conflito interno, pois se tratava de uma criminosa. Não que a condenada tenha que ser mal-tratada, longe disso, mas tem que haver um discernimento. Mas aos poucos, aquela cena foi me perturbando, indo até a hora do sono, Se me contassem, eu não acreditaria.

Gente! É um absurdo! Esse sentimentalismo barato é o que nos derruba! Tratava-se de uma CRIMINOSA e não uma mulher injustiça!

Não tem que ter pena, pois leis foram infrigidas e a criminosa tem que pagar à justiça o que deve! Tem que ser, sim, JUSTO, cumprir a lei.

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