quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Testemunha de Jeová

"TJ manda a júri popular pais de menina que morreu após ter transfusão de sangue rejeitada pela família"

fonte: http://oglobo.globo.com/cidades/mat/2010/11/18/tj-manda-juri-popular-pais-de-menina-que-morreu-apos-ter-transfusao-de-sangue-rejeitada-pela-familia-923047977.asp


A imbecilidade do ser humano não tem limite. Fico ainda mais revoltado quando o fato está ligado à religião. É a coisa mais imbecil que já ouvi!

Religião deveria existir para ajudar as pessoas e não para matar. Os pais dessa menina que morreu, eram Testemunhas de Jeová. Essa religião não permite que o sangue de uma pessoa "entre no corpo de outra". Essa menina precisou de transfusão de sangue e os pais não permitiram que os médicos a fizessem. Conclusão. Ela morreu.

Esses pais deveriam ser apedrejados em praça pública por tamanha atrocidade! Isso não é religião e sim um matadouro! A religião, que deveria unir as pessoas em torno de um mesmo objetivo, o acalento espiritual, está matando cada vez mais inocentes.

Esse caso faz-me lembrar de um comentário de um professor meu (juiz de direito do Rio de Janeiro). Caiu em suas mãos um caso igualzinho a este para ele julgar. Ele foi categórico ao fundamentar sua decisão com o seguinte teor: "o bem maior, que está acima de qualquer lei infra-constitucional, constitucional ou tratado internacional é a VIDA. E esta deve ser tutelada independente de qualquer religião, causa ou seja lá qual for o motivo". E autorizou a transfusão de sangue na criança sem pestanejar. Depois da decisão, recebeu uma avalanche de críticas por ter decidido dessa forma. Sua resposta às críticas foi ainda mais direta e sensacional (apesar de ter sido advertido): "se essa religião prefere a morte a vida, que vá para o inferno!"

SENSACIONAL!

Torço para que esses pais sejam levados a júri popular (falta um detalhe) e o corpo de jurados mande os apodrecer na cadeia!

Que Deus cuide muito bem dessa criança.

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Greve Vs religiosa

Não tenho nada contra a pregação da palavra de Deus, ou seja lá o que querem transmitir, de alguns religiosos no meio da rua. Nada contra mesmo. Acontece que a maioria faz essa "pregação" por fazer, para dizer que cumpriram seu dever. Mais nada além do que isso!

Vejo esse tipo de cena diversas vezes na semana e nada do que eles falam (gritam) é entendido. Apesar de ser contra essa lavagem cerebral, respeito. Conta uma amigo que já fez parte de uma dessas igrejas, que os pastores incentivam as pessoas a irem as ruas para fazerem esse tipo de "trabalho". Logicamente que quem faz esse tipo de coisa são pessoas simples, sem muita instrução. Pessoas que acreditam que se espalharem a "palavra de Deus", estarão ajudando de alguma forma amenizar seu sofrimento.

Acredito na fé das pessoas, mas não nesses pastores charlatões que só pensam em ganhar dinheiro as custas dos fieis. Por eles não fazem esse trabalho? Por que eles não vão as ruas e fazem esse discurso? Assim é fácil.

Estava à caminho do fórum nessa quinta-feira e deparei-me com essa figura de branco abaixo. Para quem não sabe, os servidores públicos estaduais do Rio de Janeiro estão em greve, reivindicando 24% de aumento. Eles se instalaram na entrada principal do fórum com alto-falante, tendas, e etc., discursando com microfone em mãos e muito mais. Eis que me aparece essa religiosa de branco, com a Bíblia na mãos, gritando sei lá o que. Obviamente que nada do que ela disse foi entendido. Pior, virou alvo de piada para quem passava no local.

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Manobristas e seu carro

A revista Época de São Paulo fez um "teste" para saber o que acontecia com o carro de clientes deixados com manobristas. Sempre me recusei a deixar meu carro nas mãos desses caras. Depois dessa reportagem, então... Veja só o que aconteceu.



quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Elio Gaspari e o Coronel Gilmar Mendes

Esse texto de Elio Gaspari saiu hoje, 03/11/2010, no jornal O Globo. Muito bom! Acho até que ele pegou muito leve com o coronel Ministro do Supremo Gilmar Mendes. Convenhamos que esse Gilmar Mendes é uma vergonha para a nossa suprema corte e para o país. Ele age como se estivesse em suas fazendas no Mato Grosso, dando ordens. Quando é contrariado, dá chiliques, esbraveja, ataca e etc.!
Vamos ao texto:

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ELIO GASPARI - Gilmar atirou no Congresso e no STF

O ministro saiu do recesso de celebridade da magistratura com linguagem imprópria para um estagiário.

NO LUSCO-FUSCO da eleição de Dilma Rousseff não se pode deixar de registrar que durou exatamente seis meses e sete dias a discrição obsequiosa que o ministro Gilmar Mendes concedeu aos seus pares ao deixar a presidência da Casa.

Habitualmente, os ministros do Supremo falam pouco fora do tribunal e, desde abril passado, quando entregou a cadeira a Cezar Peluso, Gilmar manteve-se dentro da norma. Na última sexta feira, depois de ter sido derrotado no julgamento da vigência da Lei da Ficha Limpa, ele voltou ao proscênio. Referindo-se à aprovação do projeto pelo Parlamento, disse o seguinte:

"O Congresso estava de cócoras. Por quê? Porque não queria discutir isso racionalmente, porque ninguém queria se dizer contra a Ficha Limpa."

Gilmar Mendes tem todo o direito de dizer que o Congresso estava "de cócoras". Aceitando-se seu vocabulário, pode-se fazer uma incursão no terreno da cocorologia.

Como o ministro classificaria a decisão do STF em 1936, negando um habeas corpus a Olga Benário, cujos advogados argumentavam que ela tinha no ventre uma criança concebida no Brasil?

É fácil espancar o Congresso, mas em 1968 a Câmara dos Deputados negou ao Executivo a licença para a abertura do processo de cassação do mandato do deputado Marcio Moreira Alves. Até os sorveteiros sabiam que com isso ele seria fechado pelos militares. Foi. No Supremo, onde dois ministros foram imediatamente cassados, dois outros deixaram a Corte. Os demais ficaram sentados.

Em 1974, foi o Supremo quem transferiu da Câmara para a cadeia o deputado Francisco Pinto, por ter chamado o general chileno Augusto Pinochet de ditador.
O doutor Gilmar deveria deixar de lado as flexões dos joelhos alheios. Sentados ou em pé, tanto ministros do Supremo como parlamentares tomam decisões com as quais pode-se concordar ou discordar. É o jogo jogado.

Na mesma entrevista, referindo-se à decisão do STF pela imediata vigência da Lei da Ficha Limpa, Gilmar acrescentou:

"Foi um erro ter colocado isto em julgamento."

De quem foi o erro? De um "capinha" que esqueceu o processo sobre a mesa do presidente Cesar Peluzo? Dos ministros que votaram numa posição contrária à de Gilmar? Pode-se sonhar com o dia em que o Supremo Tribunal Federal brasileiro funcione com a etiqueta da corte americana, onde não só os ministros não comentam sentenças do tribunal fora das sessões, como não se lhes deve dirigir a palavra nos corredores, a menos que eles tomem a iniciativa. Ministro criticando colega ou decisão da Casa é algo impensável. Quando Thurgood Marshall, aos 82 anos, fez um comentário depreciativo sobre um futuro colega, seus pares relevaram. O primeiro juiz negro da corte estava senil e meses depois renunciou.

Gilmar Mendes foi deselegante em relação ao Parlamento e impertinente para com seus colegas, com quem está obrigado a uma convivência diária, em condições de igualdade.

O pronunciamento em que o jurisconsulto enunciou os aspectos cocorológicos das decisões legislativas deu-se numa entrevista à rádio CBN, em Foz do Iguaçu. Ficaria melhor se tivesse falado vestindo a toga, no plenário, ou durante uma visita ao Congresso.