sexta-feira, 17 de agosto de 2012

Os taxistas

Taxistas não são problemas apenas no nosso Brasil, mas no mundo todo.

Aqui no Rio de Janeiro tem de tudo. Taxistas que dizem que o taxímetro está quebrado e que irá cobrar no "tiro"; taxistas que dão mais voltas do que deveriam dar para cobrar mais; taxistas que modificam o taxímetro, acelerando o relógio para cobrar mais, tem até aqueles que dependendo do lugar que você for, eles não te levam por ser muito perto e consequentemente vão ganhar menos e assim por diante. Esse último apesar de não ser ilegal, é antiético e retrata bem a nossa cultura.

Tem ainda a prática de "privatizar" espaço público em determinados lugares, como nos aeroportos, não deixando ninguém que não seja da quadrilha turma pegar passageiros.

Mas aí você pode dizer: "Isso é cultural! É da nossa cultura do "jeitinho brasileiro" e que só tem um jeito de acabar com essa prática: mudando a cultura.". Tem razão. Essa seria uma solução objetiva e rápida, mas que na prática torna-se impossível.

Mas vamos lá. Tem a ver com a cultura? Claro, que tem! Mas não é só isso. Tem a ver com a fiscalização para coibir essas condutas ilegais. Não tem fiscalização! Quando digo que "não tem fiscalização", não é força de expressão! É que realmente NÃO TEM FISCALIZAÇÃO! São pouquíssimos fiscais pelas ruas. E quando encontro um, faz vista grossa ou tem outras condutas não tão condizentes com seu trabalho. Ou seja, precisamos de fiscais para fiscalizar os fiscais!!!! E nesse caminhar o caos se instaura... ou melhor, continua.

Taxista é taxista em qualquer lugar do mundo. Antes de serem taxistas são seres humanos. A essência é a mesma em qualquer lugar do mundo! O que diferencia as pessoas são 5 coisa básicas, na minha opinião, que seguem nessa ordem:

1. educação
2. educação
3. educação

Essas três coisas são as mais importantes e que sem elas não se constroi uma nação de primeiro mundo. Mas vamos as outras duas.

4. leis duras
5. fiscais atuantes e que APLIQUEM a lei!

Eu e minha esposa já fomos "passados para trás" por taxistas na Itália, República Tcheca, Hungria e eu sozinho nos EUA. A diferença é que nesses países se os taxistas são pegos cometendo um ato ilícito, perdem a licença, são presos e sei lá mais o quê. Enquanto aqui no Brasil, QUANDO pegos, o máximo que acontece é deles irem à delegacia prestarem esclarecimentos. Não vão presos, não perdem a licença ou outra coisa parecida. Nossas leis são muita brandas e o nosso processo é um queijo suíço. Ou seja, misturado com massa, vira pizza!

Mas voltando para o que interessa. O brasileiro não é pior que ninguém. Ele só precisa de limite e limite se faz com educação, leis mais duras e fiscalização!

Nossa Constituição Federal nos deu MUITOS direitos e POUQUÍSSIMAS obrigações... bom, deixa para lá. Isso é um outro papo para uma próxima oportunidade.

Voltando. Sinceramente não vejo melhoras a curto prazo. Mas como a esperança é a última que morre, então estarei sempre esperançoso.

Logicamente que minha intenção ao escrever esse texto não é generalizar, pois há muitos taxistas honestos e que estão fazendo apenas seu trabalho dignamente. Mas infelizmente uns poucos sujam a reputação de toda uma classe.

2 comentários:

Simone J. disse...

Olá Guilherme!
Recebi seu comentário lá no meu blog e vim aqui conhecer o seu! Muito legal os textos, parabéns.

Quanto ao táxi, de certa forma ainda acho melhor quando existem os táxis padronizados que comentou (a "quadrilha") do que em locais em que qualquer um pode ser taxista, basta sair oferecendo, pois aí sim acho perigoso, desconfio, e a fiscalização é mesmo inexistente.

Em Guayaquil no Equador é assim, basta querer ser taxista por um dia! Como confiar? A dona do hotel nos disse que preferia que voltássemos A PÉ para o hotel a noite do que tomar um táxi sem saber... Então se for usar táxi, prefiro garantir pegando um "oficial", nem que isso acarrete em preços um pouco mais caros.

Guilherme Faro disse...

Oi Simone. Obrigado por ter visitado meu blog. Aproveite a sua gentileza e fiz o mesmo, respondi no seu blog.
Guilherme